terça-feira, 30 de junho de 2009

"Não pode ser a comunicação social a seleccionar aquilo que transmite"

Não vejo razão para Henrique Granadeiro se mostrar tão espantado com as declarações de Manuela Ferreira Leite (MFL) a propósito do caso da entrada da PT na Media Capital, pois "coerência" entre o que o diz e o que faz, não é propriamente o que se pode esperar de MFL (autora da afirmação em título). Afirmação, que, só por si, prova que a independência da comunicação social não está entre as suas preocupações. Em geral e no caso em questão. Bem pelo contrário.
Por isso, mais espantado fico eu com o "carinho" que agora a comunicação social lhe dispensa. Chego a pensar que os jornalistas gostam de ser domesticados. E a verdade é que a senhora até já tem domador de serviço e arena. Pacheco Pereira é o domador. A arena é a SIC.
Adenda:
A "lata" da senhora: Se o PSD fez mal, não devia ter feito. Calma aí que a questão não é tão simples, nem o assunto fica assim arrumado. A senhora não está no confessionário para confessar os pecados e sair de alma limpa. Até porque, pela amostra, o "arrependimento" não é nenhum !

2 comentários:

António de Almeida disse...

A "lata" da senhora: Se o PSD fez mal, não devia ter feito. Calma aí que a questão não é tão simples, nem o assunto fica assim arrumado.

-Esta frase é brilhante, provavelmente nem terá sido planeada, mas é brilhante, um político admitir que o seu partido também pode errar. Mas deve ser guardada para memória futura, nunca se sabe quando será necessário recordá-la...

Francisco Clamote disse...

Caro António de Almeida:
A frase não é brilhante, nem eu tenho pretensões a sê-lo.Neste caso, o meu amigo também falha o alvo, pois parte do pressuposto que MFL reconhece ou admite que o seu partido também pode errar. Usando o condicional, como ela o fez, não me parece que tal reconhecimento exista. E "arrependimento" ainda menos. Saudações cordiais.