sexta-feira, 19 de junho de 2009

Uns "empatas" é o que são...

Entre os subcritores do documento há alguns (poucos) pelos quais não tenho a menor consideração e outros (muitos) cujas opiniões, pelo contrário, me merecem respeito.
Não obstante, não me parece a recomendação que subscrevem seja a mais adequada aos tempos que correm, em que se vive uma crise geradora de desemprego, em que o investimento privado se retrai e em que, por isso, se impõe o reforço do investimento público. Para mais, quando se sabe que, para os entendidos na matéria, a construção do novo aeroporto de Lisboa é premente e que a construção do TGV, além de necessária para assegurar o rápido transporte de pessoas e mercadorias em direcção à Europa, foi objecto de compromissos assumidos com Espanha que, na execução desses compromissos, está já a fazer o que lhe compete.
Por outro lado, não estou a ver como é que estes senhores economistas resolvem o problema do aumento do desemprego. Talvez, seguindo a lição do Presidente da República, contruindo estradas secundárias no interior do país, onde não fazem falta!
Se, mesmo depois de todos os estudos que foram feitos, estes economistas consideram que, por exemplo, o calendário da construção do aeroporto de Lisboa deve ser revisto, então acho que o que estes senhores querem mesmo é que o Governo mande fechar a loja e entregue a chave à Drª Manuela do "Pára tudo".
Resumindo: uns "empatas"! Alguns bem intencionados, creio eu.

4 comentários:

Anónimo disse...

Pois mas a oposição neste caso tem razão, estas são decisões que vão onerar as gerações futuras, para o mal ou para o bem porque este governo ainda não me convenceu da "bondade" do projecto do TGV, estas decisões são tomadas a correr porque? Qual a pressa? Qual o medo de fazer um debate sério desses projectos? Qual a qualidade dos estudos feitos se uma entidade como a CIP com apenas um estudo pôe em causa esses projectos?

Francisco Clamote disse...

Desculpará, mas gostava de saber o que é para si "tomar decisões a correr" quando os estudos já levam anos. Por este caminho nem daqui a séculos!

António de Almeida disse...

Ao que parece a ligação à Europa em TGV é mais um daqueles exageros a que estamos acostumados, assisti ontem ao debate na SIC-N, e fiquei a saber que existem de facto vários projectos para ligações entre países no futuro, mas no presente Espanha suspendeu a ligação a França, logo o TGV parará em Madrid, mas claro que nós temos de avançar antes dos outros, não é verdade? É que a Espanha apostou nas ligações Madrid-Sevilha (deficitária) e Madrid-Barcelona, tem em construção apenas a ligação à Galiza, para Badajoz e França estão apenas no papel. Itália ligou Roma a Florença, mas a ligação a França ficou no papel.

Luis Melo disse...

A notícia de que a decisão final sobre o TGV ficaria para o próximo governo, foi a medida mais inteligente que tomou este governo (a seguir à substituição de Correia de Campos). Ainda assim, peca por tardia e por apenas ter sido tomada em consequência dos resultados eleitorais, o que prova que não foi por sensatez, mas por taticismo eleitoral.

De qualquer forma, é preciso mesmo saber se os compromissos até agora tomados, não implicam grandes indeminizações, caso o projecto seja abandonado. Já aconteceu o mesmo recentemente com outras obras que foram abortadas.

Também a propósito do TGV, ao contrário de alguns notáveis, não sou a favor da suspensão do projecto. Sou totalmente contra a sua realização. Só pode pensar em TGV quem, das duas uma: ou nunca andou nem sabe o que é o Alfa Pendular, ou vai beneficiar (financeiramente) com a realização desta grande obra.

Já agora, e por causa desta certeza em Abril 2009, o Ministro Mário Lino leva mais 3 pontos para a Superliga "incompetente-mor"