Mandaria o simples bom senso que os partidos que defendem a existência de uma avaliação de desempenho para os professores, se abstivessem de revogar ou suspender o actual sistema, antes de construída uma solução alternativa. Todavia, parece que não vai ser assim, pois os partidos da oposição mostram-se empenhados em conseguir o que não puderam alcançar na anterior legislatura, ou seja, a suspensão do actual modelo de avaliação e o fim da divisão da carreira entre titulares e não titulares.
A definição de um novo modelo e de novas regras, pelos vistos, pode esperar e, antecipo eu, vai esperar até às calendas gregas, porque é mais que sabido que as estruturas sindicais e os movimentos dos professores não vão aceitar qualquer solução que não seja o fim de toda e qualquer avaliação e é mais que certo que os partidos que agora cedem à pressão dos professores, também não vão ter coragem, no futuro, para enfrentar os interesses corporativos da classe docente.
Quando a responsabilidade cede o passo à demagogia, o resultado não podia ser outro que não este.
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