Segundo um comunicado da Presidência da República tratou-se de encontros com vista a auscultar informalmente a opinião dos dirigentes partidários sobre a actual situação económica e social, bem como sobre o quadro político resultante das eleições do passado dia 27 de Setembro”.
Ainda segundo o mesmo comunicado, após a publicação dos resultados eleitorais dos círculos da emigração seguir-se-ão os encontros formais, em cumprimento da regra constitucional que determina que “o primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente da República ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais”.
Se bem julgo, indo além do discurso oficial, este primeiro encontro informal com os dirigentes partidários terá tido o propósito de aliviar as tensões, quer as derivadas de uma campanha eleitoral com mais "casos" do que seria desejável, quer as resultantes da desastrada comunicação dirigida ao país por Cavaco Silva, após as eleições. Pelas palavras dos dirigentes partidários, à saída do Palácio de Belém, tudo parece indicar, que o objectivo, pelo menos aparentemente, terá sido alcançado.
Por isso me interrogo sobre se depois da "tempestade de Verão" chegou a hora da bonança. É evidente que é cedo para o afirmar, embora me pareça evidente que Cavaco Silva não tem o mínimo interesse na continuação da guerrilha em que, imprudentemente, se envolveu, ou se deixou envolver, pois, pelas opiniões que se têm feito ouvir, Cavaco Silva não se saiu nada bem da peleja. Aprendeu a lição ? A ver vamos.
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