O debate entre os candidatos à presidência da Câmara de Almada que ontem teve lugar na RTPN, sob a (fraca) moderação de Cecília do Carmo, teve, além de outros (poucos, por força das condições em que o debate decorreu) o mérito de nos revelar que a actual presidente da Câmara e recandidata, Maria Emília Neto de Sousa, sob a capa de uma (pelos vistos) falsa simpatia, esconde uma evidente arrogância (ao reivindicar para si todos os méritos da construção do Metro Sul do Tejo, com a afirmação de que o Metro tem um rosto: o dela, quando é sabido que, sem o investimento do poder central, o Metro nunca veria a luz do dia) e falta de respeito pelos outros (ao monopolizar o uso da palavra e ao interromper, com inoportunos apartes, o discurso dos restantes, com a inexplicável complacência da moderadora). Os outros candidatos (uns melhor, outros pior) tentaram expor os seus programas, tarefa que a loquacidade da incumbente e inabilidade da moderadora não facilitaram, mas todos deram provas de serem gente educada, coisa que Maria Emília, pelo menos, na circunstância, não foi.
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