O Prémio Nobel da Paz foi hoje atribuído a Barack Obama, Presidente dos Estados Unidos, "pelos esforços diplomáticos internacionais e cooperação entre povos". Esta atribuição pode parecer surpreendente tendo em conta que Obama se encontra ainda no princípio do seu mandato, pois só iniciou a presidência em Janeiro deste ano. Todavia, não só pelas medidas que já tomou no sentido do desanuviamento militar entre as nações e do desarmamento nuclear e dos esforços para resolver a questão do Médio Oriente, mas também pela onda de esperança por um mundo melhor e mais pacífico que a sua eleição suscitou em todo o globo, justifica amplamente a atribuição do prémio.
A tarefa que tem entre mãos, depois do legado deixado por Bush e das malhas que o "império" teceu durante a anterior administração republicana não é nada fácil. Espero e desejo que a atribuição do Prémio Nobel da Paz, lhe sirva de estímulo para prosseguir na senda que iniciou e que tanto entusiasmo criou em todo o mundo. Parabéns Obama!
Reacções:
António Guterres: "Espero que esta distinção possa ser um estímulo". (Também espero e já acima o disse);
Mário Soares: "Foi a melhor escolha possível". (Surpreendente, sem dúvida, mas a melhor possível. Concordo);
Presidente francês, Nicolas Sarkozy: O prémio “consagra o regresso da América ao coração de todos os povos do mundo”. (Bem visto e melhor dito);
Jorge Sampaio: Prémio é "uma aposta no futuro" (Também é, sem dúvida).
2 comentários:
OBAMA fez mais pela paz em meia dúzia de meses que os "nobel" todos junto durante muitos anos.
Nunca ocorreu tamanha "descompressão"!
Abílio Freitas
O Nobel da Paz tem características diferentes dos restantes prémios atribuídos pela Academia Sueca. Desde logo, é atribuído em Oslo por um comité independente norueguês, laureando alguém ou alguma entidade que se distingue pela capacidade de resolver diplomaticamente diversos problemas, independentemente de ficarem concluídos ou não. Foi assim com Jimmy Carter, é agora assim com Barack Obama. Porque privilegia o diálogo e o bom senso entre os povos, porque ele próprio é o resultado da esperança e do sonho: ter sido o primeiro presidente afro-americano da história dos EUA. Um exemplo do idealismo norte-americano, ainda hoje cobiçado, abraçando causas como os Direitos Humanos e trabalhando internamente para um plano de reforma do sistema de saúde. Com Obama, voltaram as preocupações com o meio ambiente, com o desarmamento nuclear, com a desmobilização do Iraque e com a possibilidade do fim do embargo a Cuba. Apressou-se a condenar o golpe de Estado nas Honduras e a normalizar as relações institucionais com a Rússia, não esquecendo a tentativa de cativar o mundo árabe ao admitir a criação do Estado da Palestina , fundamental para a paz no Médio Oriente.
Negar isto, em menos de nove meses, é cair no discurso dos conservadores norte-americanos e de parte da esquerda europeia, recheada de tiques estalinistas
http://dylans.blogs.sapo.pt/
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