Muito se falou em toda a comunicação social sobre a dupla candidatura de Elisa Ferreira e de Ana Gomes ao Parlamento Europeu e à presidência das Câmaras do Porto e de Sintra, respectivamente. O tema até serviu de cavalo de batalha contra estas candidatas, durante a campanha eleitoral para as eleições autárquicas. Reparo, no entanto, que o agora eleito vice-presidente da Assembleia da República, Luís Fazenda (do Bloco de Esquerda) estava em idêntica situação, pois foi candidato nas eleições legislativas e foi cabeça de lista do Bloco à presidência da Câmara de Lisboa. Ninguém, no entanto, se lembrou de chamar a atenção para o seu caso. O que me leva a dizer: vá lá o diabo entender isto. O que se censura nuns casos (embora sem razão, a meu ver) é perfeitamente aceitável noutros, em nome de quê?
Com tudo isto, tem que se reconhecer que sorte teve o Fazenda que até foi promovido, tudo ao contrário de Santana Lopes, que tendo averbado, tal como o Fazenda, uma derrota nas eleições para a Câmara de Lisboa, mas não tendo beneficiado, ao invés deste, duma dupla candidatura, terá agora de, uma vez mais, "andar por aí".
Ser do Bloco faz e fez toda a diferença, está visto. Por certo, em nome da propalada "transparência". Só pode.
Sem comentários:
Enviar um comentário