É verdade, o Verão, com o seu ar festivo,há tempo que se despediu e vivemos, cada ano, com maior antecipação,as festas do NATAL,que, muitos invectivam de tempo de consumismo, <"fogo de artifício", de desperdício....Acrescentam que é tempo de avivar memórias dolorosas, de pensar na gestão de um tempo que,cada vez mais, tem de ser dividido, quando antes era uno. Esquecem, entretanto,que é uma boa oportunidade para apaziguar zangas, melhorar relacionamentos; momento excelente para a reflexão, para a correcção de rumos.. Façamos, pois, a FESTA,com a esperança num futuro melhor. Deixo mais um comovente poema de Natal de DAVID MOURÃO FERREIRA:
ELEGIA DE NATAL
Era também de noite. Era também Dezembro Vieram-me dizer que meu irmão nascera Já não sei afinal se o recordo ou se penso que estou a recordá-lo à força de o dizerem
Mas o teu berço foi o primeiro presépio em que pouco depois o meu olhar pousava Não era mais real do que existirem prédios nem menos irreal do que existirem madrugadas
Dezembro retornava e nunca soube ao certo se o intruso era eu se o intruso eras tu Quase aceitava que alguém te supusesse mais do que meu irmão um gémeo de Jesus
Para ti se encenava o palco da surpresa Entravas no papel de que eu ia descrendo Mas sabia-me bem salvar a tua crença E era sempre de noite.Era sempre em Dezembro
Entretanto em que mês em que dia é que estamos Que verdete corrói prédios e madrugadas De que muro retiro o musgo desses anos que entre os dedos depois se me desfaz em água
Para onde levaste a criança que foste Em vez da tua voz que ciprestes são estes Como dizer Natal se te não vejo hoje Como dizer Natal agora que morreste
Caro Francisco, Viva! Não consigo colocar o seu blog http://terradosespantos.blogspot.com/ na minha lista de Bombordo. Aparece uma indicação de Java void Pode ajudar-me? Cumps MFerrer
5 comentários:
É verdade, o Verão, com o seu ar festivo,há tempo que se despediu e vivemos, cada ano, com maior antecipação,as festas do NATAL,que, muitos invectivam de tempo de consumismo, <"fogo de artifício", de desperdício....Acrescentam que é tempo de avivar memórias dolorosas, de pensar na gestão de um tempo que,cada vez mais, tem de ser dividido, quando antes era uno.
Esquecem, entretanto,que é uma boa oportunidade para apaziguar zangas, melhorar relacionamentos; momento excelente para a reflexão, para a correcção de rumos..
Façamos, pois, a FESTA,com a esperança num futuro melhor.
Deixo mais um comovente poema de Natal de DAVID MOURÃO FERREIRA:
ELEGIA DE NATAL
Era também de noite. Era também Dezembro
Vieram-me dizer que meu irmão nascera
Já não sei afinal se o recordo ou se penso
que estou a recordá-lo à força de o dizerem
Mas o teu berço foi o primeiro presépio
em que pouco depois o meu olhar pousava
Não era mais real do que existirem prédios
nem menos irreal do que existirem madrugadas
Dezembro retornava e nunca soube ao certo
se o intruso era eu se o intruso eras tu
Quase aceitava que alguém te supusesse
mais do que meu irmão um gémeo de Jesus
Para ti se encenava o palco da surpresa
Entravas no papel de que eu ia descrendo
Mas sabia-me bem salvar a tua crença
E era sempre de noite.Era sempre em Dezembro
Entretanto em que mês em que dia é que estamos
Que verdete corrói prédios e madrugadas
De que muro retiro o musgo desses anos
que entre os dedos depois se me desfaz em água
Para onde levaste a criança que foste
Em vez da tua voz que ciprestes são estes
Como dizer Natal se te não vejo hoje
Como dizer Natal agora que morreste
beijos comovidos-Lídia
Concordo contigo, mas às vezes!...Lindo, lindo, o poema.
Manuela
És mesmo tu!.O algodão não engana...E o poema! Benditos os poetas .
Beijo
Ana
Caro Francisco,
Viva!
Não consigo colocar o seu blog
http://terradosespantos.blogspot.com/ na minha lista de Bombordo.
Aparece uma indicação de Java void
Pode ajudar-me?
Cumps
MFerrer
Ampliada é de uma enorme beleza!
Um belo instantâneo fotográfico.
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