Depois das explicações prestadas na Assembleia da República pelo ministro Vieira da Silva sobre a utilização da expressão "espionagem política" por ele usada a propósito das referências vindas a público sobre as conversas entre o primeiro-ministro e Armando Vara, objecto de escutas realizadas no âmbito do processo "Face Oculta", a insistência por parte do PSD e do BE em considerarem que Vieira da Silva fez pressão sobre a investigação criminal, parece indiciar, por falta de fundamento para tal insistência, que não estaremos tanto perante um caso de "espionagem política" mas antes perante uma atitude de "espiolhagem" política. O que é mais grave, porque à possível utilidade e legitimidade, em abstracto, daquela contrapõe-se, no concreto, a pura leviandade desta.
(Publicado também em "A Regra do Jogo")
1 comentário:
É apropriado o comportamento; afinal, já D. Carlos se referia a isto tudo como "a piolheira"!
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