Que a ressurreição não é um fenómeno tão invulgar quanto isso, aí está, para o demonstrar, o caso de Santana Lopes que acaba de surgir da sombra ao tomar a iniciativa de promover a realização de um congresso extraordinário do PSD.
Diga-se que, tendo em conta a época natalícia em que vivemos, talvez seja mais apropriado falar em renascimento, até porque, em boa verdade, a iniciativa de Santana Lopes, não parece constituir-se como anúncio de uma vida nova e gloriosa, antes se está a transformar numa gritaria que vai desde as reticências de Aguiar Branco, passa pela oposição dos apoiantes de Passos Coelho (pela voz de Ângelo Correia e de Miguel Relvas), pelo mutismo do Prof. Marcelo, pelo desacordo de P. Rangel e que, por paradoxal que possa parecer, atinge o tom mais elevado com a surpreendente concordância de Manuela Ferreira Leite.
Concordância que, diga-se, representa, de facto, uma transformação da "má moeda" em "boa moeda", na perspectiva do cavaquismo. Nesse sentido, pode mesmo voltar a falar-se em ressurreição. Fico, por isso, na dúvida: ressurreição, renascimento, ou nem uma coisa, nem outra ?
De certeza: mais confusão.
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