Não obstante os esforços da União Europeia, as notícias que chegam de Copenhaga são pouco animadoras sobre a eventualidade de se chegar a um acordo sobre as alterações climáticas. As maiores dificuldades resultam, ao que transparece, das metas pouco ambiciosas que os Estados Unidos se propõem alcançar no que respeita à redução dos gases com efeito de estufa e da recusa por parte da China em aceitar os mecanismos de verificação sobre o efectivo cumprimento do acordo por todas as partes.
Dir-se-ia que temos, de um lado, egoísmo a mais e do outro, boa-fé a menos.
Neste caso, bem podiam olhar para a Europa e para o Brasil como exemplos do caminho a seguir. Na falta de acordo, é a Terra que paga. E nós todos.
Adenda I:
Anuncia-se, entretanto, que os Estados Unidos, a China, a Índia e a África do Sul acordaram "listar as suas acções e compromissos nacionais, um mecanismo de financiamento, definir uma meta de 2ºC para a mitigação e fornecer informação sobre a implementação das suas acções através de comunicados nacionais, com a possibilidade de consultas e análises internacionais de acordo com orientações definidas”. À primeira vista e na falta de outros desenvolvimentos, o acordo não parece merecedor de grandes aplausos.
Adenda II:
E sim, tudo ponderado, visto não se ter alcançado, para já, um acordo vinculativo, e considerando que o consenso sobre as metas a atingir é modesto, se, em rigor, não se pode falar em fracasso, bem se pode falar em decepção.
Sem comentários:
Enviar um comentário