Após uma pausa prolongada nunca é fácil o retomar do ofício. E, todavia, matéria não falta, a começar pelo Congresso do PSD, neste último fim de semana, que já só apanhei de raspão.
Que dizer, de facto, do discurso do novo líder do PSD, Pedro Passos Coelho, que toma como um dos seus temas centrais a revisão constitucional? Onde a razão para o anúncio quando é certo que o consenso indispensável para a sua concretização nem sequer está assegurado e que a sua necessidade e premência é, pelo menos, imperceptível para o comum dos cidadãos?
Ou que dizer da medida proposta por Miguel Frasquilho de reduzir salários e pensões, medida que alguns dos seus pares classificaram, de imediato, como "discussão académica" ?
E, para não ir mais longe, onde terá visto José Pedro Aguiar Branco, "a matriz social-democrata", no discurso do novo líder? Eu sei que Aguiar Branco concorreu nas "directas" sob o lema da unidade, mas para alcançar tal objectivo, fechar os olhos não é o procedimento mais recomendável.
Com tudo isto, até parece que não fui o único a andar por zonas desérticas. Por que regiões inóspitas terá andado esta gente ?
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