Vai por aí um grande escândalo com as remunerações auferidas pelos gestores portugueses, surgindo à cabeça António Mexia (EDP), por ter embolsado 1,9 milhões de euros (e ainda assim não deve estar muito satisfeito ao olhar para os réditos do presidente executivo da congénere espanhola, Iberdrola, Ignacio Sánchez Galán, que não se contentou com menos de 5,4 milhões).
Deixemos a Espanha e concentremos no ranking português (dados daqui) onde aparece a seguir Manuel Ferreira de Oliveira (GALP) com um total de 1,573 milhões de euros; Zeinal Bava (PT) com 1,505 milhões de euros; e Ricardo Salgado (BES) com 1,053 milhões de euros.
É muito dinheiro? Pois é. Mas haverá razão para o escândalo? Neste particular, tenho de divergir da indignação generalizada. Explico porquê:
É muito dinheiro? Pois é. Mas haverá razão para o escândalo? Neste particular, tenho de divergir da indignação generalizada. Explico porquê:
Propõe-se o Governo, segundo o PEC, fazer incidir sobre os rendimentos sujeitos a IRS, superiores a 150 mil euros, como é o caso, a taxa de 45%. Ora, em vez de reter os lucros nas empresas, onde seriam tributados a uma taxa inferior, ou em vez de os distribuir através de dividendos aos accionistas, sujeitos à taxa liberatória de 20%, estes senhores acharam por bem sujeitar-se eles próprios a uma taxa muito superior - os tais 45%.
São, no fundo, no fundo... uns beneméritos. E nós todos ? Uns ingratos!
2 comentários:
Caro amigo, fique sabendo que eu estou disponível para me sujeitar também a tão rigorosa taxa de IRS. Não arranjo é como :)))
Já agora, uma SANTA PÁSCOA.
Queixo-me do mesmo, Ferreira-Pinto.
Boa Páscoa também para si.
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