Ficamos a saber pelas palavras de Fernando Negrão (ex-director da Polícia Judiciária, actual vice-presidente da bancada parlamentar do PSD e autor da figura do "crime pré-crime" do enriquecimento ilícito, conceito que já lhe granjeou a perpetuação do seu nome na história do direito criminal) que o PSD vai já no quarto requerimento, continuando a Procuradoria Geral da República a não dar acesso a esses documentos.
Sabe-se qual a razão para a insistência do PSD na obtenção desses despachos, na sua integralidade e também são conhecidas as razões da recusa da Procuradoria assentes no facto de os despachos conterem escutas telefónicas julgadas nulas.
O que já não se compreende é o interesse do PSD em conhecer os despachos depois expurgados das escutas nulas. Eliminadas as partes onde se encontram as transcrições das escutas, o que resta para analisar nos despachos? A sintaxe?
Sempre a surpreender-nos: o PSD e Fernando Negrão.
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