Ouvir o presidente da Associação Sindical dos Juízes (ASJ) António Martins, defender a extinção da Ordem dos Advogados, porque não gostou das declarações dum advogado a propósito da absolvição de Domingos Névoa ditada pela Relação de Lisboa, num caso de corrupção que o próprio advogado denunciara, é algo digno do maior espanto, pois atinge as raias do incrível.
A posição de António Martins prova que o senhor convive mal com as regras da democracia e é inegavelmente uma atitude que envergonha toda a magistratura judicial. Se os demais elementos da direcção da ASJ e a própria magistratura judicial, no seu todo, se não desmarcarem, de imediato, daquela posição, com todas as consequências, é sinal de que a justiça portuguesa está bem pior do que até agora se julgava.
E não vale a pena estar com paninhos quentes: o que António Martins defendeu, para mais pela boca de um juiz, é simplesmente inadmissível.
5 comentários:
Peço desculpa, caro Francisco.
Devo até uma chapelada a esses juizes que não têm um pingo de pudor em defender o indefensável!
Ainda bem que estes juizes corporativos mostram as suas verdadeiras garras!
Qual democracia, qual nada, quais direitos qual nada!
Os juizes consideram-se tão acima de tudo e de todos, que até propõem a extinção dos seus críticos.!!!!!!!!!!
Quando, e em que outras condições políticas, já ouvimos semelhantes arrotos?
É preciso que se perceba: Eles tomaram o poder. Esqueceram-se foi de nos avisar!
Tenham medo! Muito medo!
Também me parece.
:)))
[É de mim ou esse pessoal anda um bocado desatinado?]
Cara mdsol,
O que eles estão é mesmo alinhados com tudo o que sejam os valores do fascismo. Agora caiu-lhes a máscara, e deixemo-nos de panos quentes, eles regressaram ao poder e fazem o que bem querem. Estão acima da própria Constituição e não é por acaso que os moços de recados se apressam a propôr a sua revisão para modelos neo-cons.
Cumprimentos!
E são estes Senhores um Orgão de Soberania??????
Se fosse uma questão de orientação política, uma filosofia, uma causa.. (qualquer que fosse), seria um perigo e teria uma lógica MAS era, seria combatível.
Isto da justiça em Portugal é muito, mas muito pior, é, é certo, na aparência, uma recusa do esquerdismo, mas isto não passa de uma "justificação moral" para fazer passar a atitude.
É que se repararem bem, há casos concretos que denunciam ou indiciam o caos.
Eles comportam-se assim, porque tomaram o freio nos dentes e saborearam o poder;
"ELES" que são ou parecem ser muitos, repito aqueles que se comportam como o Juiz do Sindicato, têm de ser caçados, um a um.
É uma monda que a Constituição terá de facilitar.
Um JUIZ terá de ser um HOMEM ÍNTEGRO, com provas dadas de cultura e amadurecimento.
É isso que vemos no dia a dia? Umas vezes sim,(cada vez menos) outras não (cada vez mais).
Portanto, se não os escolhermos e deixarmos a coisa correr, iremos ficar sempre cada vez pior.
Vasco Pulido Valente faz hoje no Público uma análise que me surpreendeu sobre as vantagens das REVOLUÇÕES e digo isto depois de ter escrito e apagado "que o 25 de Abril não se fez para isto", mas apaguei porque, se trouxe liberdade de expressão, já é um ponto positivo.
Portanto cuidado com os chavões!!
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