O discurso lido pelo ainda primeiro-ministro Passos Coelho pode ter um tom mais Maduro do que passista, mas as medidas anunciadas e, em grande parte não quantificadas, revelam que o governo prossegue na mesma senda de mais austeridade seguida de mais austeridade.
Se esta vai acabar por atingir todos os portugueses, de forma directa, (com a degradação dos serviços públicos, designadamente nas áreas da saúde e da educação), e de forma indirecta (através do agravamento da economia, decorrente da retracção do consumo, senão também do investimento) as medidas são dirigidas em primeira linha contra os funcionários públicos (transformados por este governo numa espécie de bode expiatório de todos os males da nação) e sobre os reformados e pensionistas.
O ataque aos funcionários públicos, que é feito sob a alegada preocupação de uma maior equidade, tem, como os precedentes, o efeito de cavar divisões entre os portugueses, matéria em que este governo se especializou, mas que tem efeitos perversos na coesão social.
No caso dos reformados e pensionistas nem a alegada equidade é invocada e, de facto, ninguém a consegue descortinar. A razão que motiva a obstinação deste governo contra este sector da população tem pois que ter outra explicação. À falta de outra mais plausível, adianto esta: se gente desta estirpe ataca, de forma tão continuada e agressiva, reformados e pensionistas é porque não deve ter, nem pai, nem mãe. Nem avós.
Apelidá-los de "filhos da mãe" é, pois, uma injustiça. Não são "filhos da mãe", nem do pai, obviamente.
2 comentários:
Pobres mães, não é?! Eles são é enxertados em corno de cabra!
FDP! - sem ofensa às ditas...
A canalha ainda anda
à solta
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