Quando se tomam decisões como a criação dos "vistos dourados" tendo apenas em conta o dinheiro, postergando, em absoluto, os valores da dignidade das pessoas e o princípio da igualdade de todos os seres humanos, está criado o caldo de cultura favorável ao aparecimento de surtos de corrupção, incluindo ao mais alto nível. De facto, se obter dinheiro é o objectivo último da política (e da vida?) não há motivo para admiração se alguém se convence que tudo pode ser objecto de compra e venda. Até a honestidade, a honra e o bom nome, conceitos que, na lógica do mercantilismo posto em acção, até perdem sentido.
A criação dos "vistos dourados" pode ser levada à conta de mais uma esperteza, aliás, pouco original, de Paulo Portas, mas não foi uma decisão sensata. Desde logo, porque, como se deixou dito, gerou um clima favorável à corrupção e porque representa o triunfo do dinheiro no confronto com os valores do humanismo. Conta o dinheiro, não contam as pessoas. Também neste particular se pode dizer que o mundo anda mesmo às avessas.
(Imagem daqui)
(Imagem daqui)
3 comentários:
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~ ~ Perderam, há muito, qualquer sentido de hombridade, porque ética profissional nunca a tiveram
~ ~ É lamentável constatar como Paulo Portas, o menino da mamã, desrespeita a memória do irmão.
~ ~ Feitos brilhantes do presidente do populista e hipócrita Partido Popular.
Uma Europa que se pauta por estes valores não tem futuro.
Boa reflexão!
Ginginha
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