Se Portugal tivesse um governo a sério, é evidente que depois do fiasco que foi a introdução de uma Reforma da Justiça mal preparada pela respectiva ministra e, como tal, responsável pelo caos instalado no funcionamento dos tribunais, Paula Teixeira da Cruz já estaria, nesta altura, entretida noutra ocupação qualquer. Ministra da Justiça é que já não era, pela certa. Porém, como este governo é liderado por um indivíduo que nunca devia ter deixado de ser consultor da Tecnoforma, Paula Teixeira da Cruz não só permaneceu como ministra, como nessa qualidade, tomou a iniciativa de enviar à Procuradoria-Geral da República um relatório elaborado no IGFEJ, um instituto dela dependente, com vista à instauração de um inquérito-crime contra dois funcionários do seu ministério. Instaurado este, foi o mesmo arquivado, em menos dum fósforo, prova mais que óbvia da falta de indícios. Num caso com estes contornos, o que faria uma pessoa, por muito ministra que fosse, que estivesse no seu perfeito juízo? Engolia a desfeita até para que a mesma mais facilmente passasse despercebida. Não foi, porém, essa a atitude de Paula Teixeira da Cruz. Empenhada em encontrar um bode expiatório para a sua própria incompetência determinou a abertura de um inquérito disciplinar aos dois elementos da PJ que trabalharam no sistema Citius, com base no mesmo relatório utilizado para a instauração do inquérito-crime.
Se o relatório é o mesmo e idênticos são os dados, suponho que a probabilidade de o inquérito disciplinar ter um destino diferente do inquérito-crime não será grande, porque, em última instância, a decisão não cabe à ministra. A ser assim, a ministra da Justiça corre o risco de, em desespero de causa, ser de novo desfeiteada.
Esse facto não deve impedir, no entanto, que a ministra, dada a comprovada falta de tino, prossiga na senda dos sucessivos dislates.
Apesar disso, perante os antecedentes, é muito improvável que o ex-consultor da Tecnoforma venha a demitir Paula Teixeira da Cruz, por muito provada que esteja a sua incompetência para lidar com o caos que, por culpa sua, se instalou no ministério da Justiça. Por isso, acho por bem, deixar aqui um apelo, para evitar males maiores. Ao menos, mediquem-na!
Esse facto não deve impedir, no entanto, que a ministra, dada a comprovada falta de tino, prossiga na senda dos sucessivos dislates.
Apesar disso, perante os antecedentes, é muito improvável que o ex-consultor da Tecnoforma venha a demitir Paula Teixeira da Cruz, por muito provada que esteja a sua incompetência para lidar com o caos que, por culpa sua, se instalou no ministério da Justiça. Por isso, acho por bem, deixar aqui um apelo, para evitar males maiores. Ao menos, mediquem-na!
1 comentário:
Concordo com tudo, mas faço duas ressalvas:
1- Quando o STA decidir, já ela não será ministra, por isso, está-se marimbando. O que ela pretende é ganhar tempo
2- Terá de ser um medicamento forte, para que ela fique a dormir até ao fim do mandato
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