Não obstante os vários partidos da oposição terem desenvolvido, durante a recente campanha eleitoral para a Assembleia da República, todos os esforços para tirarem ao PS a maioria absoluta, tendo alguns deles feito desse objectivo o seu principal cavalo de batalha, a verdade é que, nenhum deles, nem o PSD, nem o CDS, nem o BE, nem o PCP, se dispuseram a participar num governo de coligação, nem a chegar a qualquer tipo de acordo que permitisse a estabilidade da governação. Tal facto demonstra que nenhum deles é capaz de arcar com as suas próprias responsabilidades, preferindo antes, porque é mais fácil, assumir-se como partidos de protesto. Já se sabia, aliás, que todos tinham um pretexto para invocar: a política alternativa de "Verdade" à moda do PSD, o caderno de encargos do CDS e a alegada política de direita levada a cabo pelo PS que não consentiria aproximações à esquerda (leia-se BE e PCP).
Perante tanta porta fechada, o PS e José Sócrates não têm, como já era antecipado, outra alternativa que não seja a de formar um governo minoritário. Pese embora as muitas dificuldades que vai encontrar, espero que governe a bem da República. Na altura própria, cá estarão os eleitores para premiar a coragem de uns e pedir contas a outros. Vamos a isso !
2 comentários:
Como diz e bem, na altura própria se julgará.
Especialmente se a oposição se preparar para cavalgar a onda e começar, em coligação negativa, impor a sua agenda legislativa e programa!
Depois de ter votado PS só lamento uma coisa... que não tenha podido dar dois ao invés de um só voto. É triste ver pseudo-alternativas que na hora da verdade se negem a participar de forma directa da governação do país. São partidos sem condições e sem a mínina preparação para governar, vale-lhes a lingua que levaram anos a afiar para iludirem, poucos mas alguns, na cantiga da alternativa, Por favor, ninguém vota para oposição e o dever de quem recebe um só voto deve ser o de governar, implique isso cedencias e adaptações ou não, mas suspeito que são mais úteis ao país e ás suas próprias ideias arregaçando as mangas que se acomodando à tertúlia cor de rosa
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