sábado, 3 de outubro de 2009

Eleições autárquicas (Almada) II

"1 O FUTURO 35 ANOS DEPOIS
Há um provérbio que diz que se fizeres o que sempre fizeste, terás o que sempre tiveste. Assim tem acontecido com o poder autárquico em Almada nas últimas três décadas.
O modelo de gestão que foi seguido no passado não tem só defeitos, mas as suas virtudes foram-se esgotando e a perda de energia tornou-se notória, aumentando também a dificuldade em manter sintonia com os problemas dos cidadãos.
A esse modelo contrapomos agora um outro. Estamos voltados para o futuro. Queremos introduzir novas ideias, novos métodos de acção, uma nova concepção do poder local.
A autarquia deve ser estratega do desenvolvimento do concelho, afastada das disputas político-partidárias tradicionais e estar concentrada em construir parcerias de sucesso, indo ao fim do mundo, trabalhando com quem tiver que trabalhar, com lealdade, para melhorar os destinos do concelho.
Almada precisa de quem tenha novas soluções e não de quem repita velhas queixas, de quem se empenhe totalmente na solução dos problemas e não de quem deles queira alimentar plataformas reivindicativas.
Trinta e cinco anos depois, o concelho já não é mais uma periferia operária de Lisboa. Hoje é composto por duas cidades – Almada e Costa da Caparica – que devem ser centros cosmopolitas da grande capital do país.
Hoje tem um potencial económico que tem que ser aproveitado para atrair novos investimentos geradores de emprego.
Hoje tem milhares de novos residentes que o escolheram por aqui quererem usufruir de uma qualidade de vida que está ao nosso alcance melhorar drasticamente.
Hoje é um concelho com famílias trabalhadoras que precisam de ser devidamente apoiadas e populações envelhecidas que carecem de ser assistidas. Hoje é, também e infelizmente, um concelho que não resolveu o problema das AUGI, que tem concentrações terríveis de pobreza e que corre o risco de vir a ser problemático em termos de segurança.
Mas Almada tem também problemas que se acumularam por força de erros de gestão autárquica que foram cometidos.

A gestão da introdução do Metro do Sul to Tejo foi desastrosa. Faltaram medidas compensadoras do risco de desertificação do centro da cidade. Houve negligência no acompanhamento do crescimento da Costa da Caparica. Deixou-se edificar verdadeiros guetos urbanos.
Agora podemos mudar de rumo, se os cidadãos quiserem. Aqui podem conhecer o que pensamos e porque achamos que mudar de gestão autárquica é essencial. Nestas eleições autárquicas, é Almada que está em jogo.

(Extracto do programa da candidatura do PS à Câmara de Almada intitulado "ALMADA 2009 -O FUTURO 35 ANOS DEPOIS - CONTRATO COM OS CIDADÃOS" programa que, na íntegra, pode ser lido aqui.

2 comentários:

Anónimo disse...

O tempo( polític0) está agitado, em contrapartida o Outono está ameno; a campanha para as autárquicas está, na generalidade, morna, mas em Almada todo o conselho ganharia se todos estivéssemos à altura da "altura" de Paulo Pedroso; e que dizer da poesia outonal de Ruy Belo? È deliciosa e eu não resisto a ler um dos poemas do TODOS OS POEMAS

Os pássaros nascem nas pontas das àrvores
As àrvores que eu vejo em vez de frutos dão pássaros
Os pássaros são o fruto mais vivo das àrvores
Os pássaros começam onde as àrvores acabam
Os pássaros fazem cantar as àrvores
Ao chegar aos pássaros as àrvores engrossam
Deixam o reino vegetal para passar a pertencer ao reino animal
Como pássaros poisam as folhas na terra
Quando o outono desce veladamente sobre os campos
Gostaria de dizer que os pássaros emanam das àrvores
Mas deixo essa forma de dizer ao romancista
é complicada e não se dá bem na poesia
não foi ainda isolada da poesia
Eu amo as àrvores principalmente as que dão pássaros
Quem é que lá os pendura nos ramos?
De quem é a mão, a inúmera mão?
Eu passo e inunda-se me o coração

Ginginha

PS: Alguém ainda pensa num bloqueio institucional?

Anónimo disse...

Na verdade, é altura de avaliar um período em que pouco do potencial disponível foi aproveitado...Há mais de trinta e três anos que frequento com assiduidade o concelho de Almada, sobretudo a área da Caparica onde, até à intervenção Polis de há dois anos, só vi degradação! Tudo,ou praticamente tudo, se degradou at´à exaustão.Era de fugir!...O Pólis, que apareceu como travão ao caos instalado, corre o risco de se ficar por uma cosmética ou obra de fachada infra estrural com todas as mazelas interiores de falta de estratégia global. veja-se só o atendimento nos novos apoios de praia e os das anterores barracas. è necessária outra visão integrada do que é uma zona turística sem rival ca Costa Ocidental, com o privilégio da sua localização na àrea Matropolitana de Lisboa. Li o programa de Paulo Pedroso e vi nele a visão adequada para um município grande e que não se pode acomodar a uma inércia atávica e sem futuro para o Município. Almadenses, FORÇA!
Zé Mário