O receio de derrubar o Governo através da aprovação de uma eventual moção de censura que venha a ser apresentada é tanto que ainda o programa de governo não é conhecido e já praticamente todos os partidos com representação parlamentar se pronunciaram no sentido de que não irão tomar a iniciativa de propor moções de rejeição e o PS, para não ficar atrás, também se irá abster de apresentar uma moção de confiança.
A palavra de ordem, por estes dias, parece ser a da prudência, quer por parte da oposição, quer por parte do partido do Governo e não é para admirar que assim seja: por contraditório que possa parecer, se a almofada da maioria parlamentar era cómoda para anterior o Governo, não o era menos para as oposições. Com a actual composição parlamentar, as oposições deixaram de poder contar com o álibi da maioria do partido do Governo, pelo que a sua responsabilidade torna-se muito mais evidente para os cidadãos e também as suas iniciativas e propostas ficarão sujeitas a um escrutínio bem mais rigoroso.
Tudo indica, pois, que soou a hora da virtude da prudência.
1 comentário:
Vamos concluir k não devemos ter maiorias... E então se a prudência de agora se estender por quatro anos, havemos de ficar fãs das minorias.
Mas havemos de ter grandes e alterosas ondulações.Lá chegará o tempo dos grandes arranhões de todos os quadrantes.
Estamos cá para ver.
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