Finda a instrução do processo Freeport, importa reter os factos mais relevantes:
1. Não foi detectada qualquer irregularidade no licenciamento do 'outlet' de Alcochete, nem foi formulada qualquer acusação de financiamento ilegal a partidos ou tráfico de influências;
2. Como escreve Ferreira Fernandes, "Sócrates não é [nem foi] arguido, nem acusado, nem sequer testemunha no processo".
3. Sócrates foi vítima da mais hedionda, feroz e prolongada campanha de calúnias de que há memória, visando atingir politica e pessoalmente a pessoa de um primeiro-ministro em exercício, indo-se ao ponto de se considerarem as compreensíveis afirmações de inocência por parte do visado como uma campanha de vitimização.
Sabe-se que o processo e a campanha teve origem numa carta anónima de um tal Zeferino Boal, militante do CDS.
Não sei se alguma vez se apurará quem foram os orquestradores da campanha, embora se saiba a quem aproveitou. Sabe-se, todavia, quem foram os "jornalistas" que, em conluio com operadores judiciários (a apurar) se envolveram e empenharam na divulgação das calúnias e, assim sendo, conhece-se o suficiente para que uma tal campanha não fique impune, quer politicamente, quer criminal e civilmente. A responsabilidade civil e criminal parecem óbvias, mas cabe aos tribunais julgá-las. Já quanto à responsabilidade política, o julgamento cabe a todo e a qualquer cidadão, pois tal responsabilidade deriva do aproveitamento, não inocente, que do caso fizeram algumas forças políticas. Que cada um julgue sobre quem dele tirou dividendos e proceda em conformidade.
1 comentário:
E que os arruaceiros, os trafulhas dos jornais e da encenação jurídica sejam rsponsabilizados.
É preciso não esquecer o que fizeram a Lopes da Mota e à sua reputação.
É bom lembrar as pressões exercidas pelas associações de juizes e de magistrados sobre todos os intervenientes do processo.
É preciso pedir e cobrar as respectivas compensações.
Ou então a impunidade que diziam campear era só para uso interno e particular?
Abraço!
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