É o que diz o ditado e é, segundo o "Expresso", o que se passa com o CDS em relação à promessa feita pelo secretário-geral do PSD, Miguel Relvas, de formar governo em coligação com o CDS, mesmo que, em futuras eleições, o PSD obtenha sozinho a maioria absoluta.
E, de facto, o CDS tem boas razões para desconfiar. À uma, porque não há nenhuma garantia de a promessa vir a ser cumprida, até porque a vitória do PSD em próximas eleições legislativas não é propriamente o mesmo que favas contadas. Depois, porque é evidente que o PSD, com a conversa, só tem um objectivo: neutralizar a importância política do CDS, reduzindo-o, de novo, à dimensão do "partido do táxi".
Paulo Portas, que não é parvo (longe disso) dificilmente, irá na conversa. Mesmo que a vaga promessa viesse a ser cumprida, a influência política do seu partido ficaria reduzida a próximo do zero e a dele próprio não iria muito mais longe. Não estou a vê-lo entusiasmado com desaparecimento do seu partido (inevitável em tais circunstâncias), nem o estou a ver ansioso por suicidar-se politicamente.
Sem comentários:
Enviar um comentário