domingo, 26 de outubro de 2014

Resta-nos assistir ao velório?

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O estado de dissolução a que chegou o [...] Governo é irreparável – uma remodelação não passaria de um cuidado paliativo. Os erros políticos dos seus ministros sucedem-se a um ritmo vertiginoso. O desnorte em relação aos impostos que se pagam ou as deduções que se conseguem com o Orçamento do Estado de 2015 raiam o limiar da anedota. A coligação regressou às noites das facas longas, com braços-de-ferro, queixumes e fugas para imprensa. O que leva então Pedro Passos Coelho a carregar este cadáver moribundo por mais um ano?
(...)
Por todas as razões e mais algumas, não faz sentido Passos manter o statu quo. O país tem absoluta necessidade de olhar para a frente e de discutir um novo ciclo. O Governo tem-se mostrado incapaz de o encontrar. Tornou-se uma colecção de náufragos vergados pelo peso dos erros de governação e por este clima pútrido que, a cada dia que passa, faz da coligação um pântano de hipocrisia política, com Paulo Portas a defender a “estabilidade” como se não se soubesse que a relação entre PSD e CDS está longe de estar estável. Com as condições de que dispõe e com um pouco de sorte, o Governo conseguirá quando muito fazer gestão corrente. Já não tem nervo para reformar. A bem de Passos, de Portas, de António Costa e de toda a oposição, a bem do Presidente e, principalmente, a bem de todos nós, era bom que caísse o pano nesta peça que já se esgotou. »

(Manuel Carvalho; «O "fico" de Passos nem a ele convém» (in "Público", edição impressa de hoje). Destaques meus.

2 comentários:

Majo disse...

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~ ~ Passos e Portas insistem dizendo que vamos de "vento em popa".

~ ~ Para as famigeradas parsonalidades, os indicativos estão ótimos, pelo que, não se justifica qualquer ideia de eleições antecipadas.

~ ~ Eduardo Alves diz que pior cego não é o que não enxerga, mas o que finge não avistar.

~ ~ ~ ~ Boa e agradável semana, Francisco. ~ ~ ~ ~


Francisco Clamote disse...

Boa semana também para si, Majo.