Sabe-se que, no tocante a desgraças, este governo tem vindo a acumular sucessivos recordes de que muito se orgulha, pois, trata-se, de uma forma ou de outra, de consequências da política de empobrecimento de que o ex-consultor da Tecnoforma tanto se ufana.
No caso do surto de Legionella pneumophila que surgiu no concelho de Vila Franca de Xira, o governo português ainda não pode reclamar o prémio de recordista, mas já tem lugar no pódio.
É verdade, tendo em conta as afirmações de Passos Coelho, o tal ex-consultor da Tecnoforma, que o governo português não está, neste caso, interessado em reclamar nenhuma medalha, pois até já fez saber que a epidemia "não ocorreu por negligência do Estado". Não falta, porém, quem aponte para a possibilidade de a eliminação da obrigatoriedade da realização de auditorias à qualidade do ar, levada a efeito pelo governo de Passos Coelho, através de alteração do decreto de lei n.º 79/2006, ter concorrido para o aparecimento do surto epidémico.
Especialista como é em sacudir a água do capote, não admira que Passos Coelho, uma vez mais, descarte as eventuais responsabilidades do seu governo, responsabilidades que, a priori e sem mais indagações, não são de excluir. Pelo menos, para quem tenha consciência dos seus actos e noção das suas possíveis consequências. Isto, porém, já seria pedir muito ao ex-consultor da Tecnoforma. Acho eu.
3 comentários:
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~ ~ Um desastre: nunca crescerá, nem habituar-se-á a ser comedido no que profere.
Ainda hão de concluir que a culpa é do Sócrates...
Não foi negligência, não. Foi cretinice idiota. Talvez estejam à espera de criar a Tecnoforma 2 para executar esses trabalhos de fiscalização.
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