Ao que parece, o que os militantes do PSD, que hoje irão a votos para eleger o próximo presidente do partido, vão escolher não é o dirigente que melhor sirva os interesses do país, mas sim o candidato que derrote o PS.
Sendo assim, atrever-me-ia a sugerir que esperassem sentados, porque, para além de se me afigurar que a motivação não é a mais nobre, também não me parece que os dois candidatos melhor posicionados, segundo as sondagens que se conhecem, tenham o perfil para atingir tal desiderato.
Passos Coelho, com as suas ideias liberais de redução do Estado social ao Estado mínimo, surge em contra-ciclo, num momento em que é mais necessária a intervenção do Estado na protecção dos mais desfavorecidos. A Rangel, bom no uso da palavra para atacar e destruir, faltam as ideias para construir. Essa receita (atacar, sem apresentar soluções alternativas) foi a estratégia seguida por Manuela Ferreira Leite enquanto dirigente do PSD e, designadamente, durante a última campanha eleitoral. Com os resultados que se conhecem. A experiência colhida pela "madrinha" Ferreira Leite deveria ter-lhe servido de lição, mas, pelos vistos, nem isso.
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