domingo, 14 de março de 2010

RIP?

Repesco aqui algumas das frases mais marcantes do Congresso do PSD

Manuela Ferreira Leite, líder do PSD:
"Sabíamos que a história nos iria dar razão, mas também dos enormes custos de ter razão antes de tempo. Não nos arrependemos, antes pelo contrário"
(Mais uma que teve razão antes de tempo !)
Marcelo rebelo de Sousa:
"Uma coisa é certa: não entro candidato nem saio candidato".
"Temos de trabalhar para reeleger Cavaco Silva"
(Marcelo: qualquer prédica dominical substituiria, com vantagem, a deslocação)
Pedro Santana Lopes:
"O primeiro-ministro não pode viver sob suspeita sobre o seu carácter e manter-se em funções: das duas uma ou se demite ou dá um murro na mesa e exige o cabal esclarecimento da situação".
"Penso que podemos evocar Chico Buarque e dizer: foi boa a festa, pá"
(Boa, Pedro !?)
Marques Mendes
"Olha-se para tudo isto, que é sério e que é grave, e tem-se a sensação de viver uma espécie de fim de regime. Um pântano político, uma encruzilhada económica e social. Por muito que seja duro, a verdade é esta: cheira a fim de regime, e isto é muito e muito preocupante".
(Por culpa de quem Marques Mendes?)
Paulo Rangel:
"Se José Sócrates é o rosto dos bloqueios da vida portuguesa, então Portugal precisa agora mais do que nunca de uma verdadeira dessocratização".
(Rangelizar o país, eis a solução !)
José Pedro Aguiar-Branco:
"Se as próximas eleições fossem um concurso de retórica ou de especialistas ganharíamos com eles. Mas ter apenas retórica ou bons técnicos não basta para ganhar eleições".
(Estocada em Rangel. Bem aplicada)
Pedro Passos Coelho:
"Não se importam que eu diga isto. Se há muito nos andamos a desentender, (dirigindo-se a Alberto João Jardim) deixe-me dizer-lhe: Não é só o senhor que sabe perdoar ao engenheiro Sócrates, eu também sei perdoar e também espero que saiba perdoar".
"E que aceite (José Sócrates) então não votar o PEC no dia 25 de Março, mas que o aceite votar quinze dias depois, se isso for necessário, depois de o discutir com o novo líder eleito do PSD".
"Eu não tenho dúvidas de que este Governo está ferido de morte e não tenho dúvidas de que aguarda um golpe de misericórdia. O que nos deve preocupar, portanto, não é saber quando é que este Governo vai cair. Não temos de ter pressa em chegar ao Governo, o que temos é de dar significado ao nosso regresso à área governativa. Devemos fazê-lo com cuidado"
(Profundos pensamentos! Cuidado, pois, muito cuidado...)
Castanheira Barros:
"A crise é uma ficção, não existe".
(Graças a Zeus!)
Luís Filipe Menezes:
"Eu votarei no Pedro Passos Coelho".
(E o que tenho eu a ver com isso ? Em todo o caso, bom proveito!)
Alberto João Jardim:
"Ele [Pedro Passos Coelho] disse que me perdoava a mim. Ora como eu não tinha pedido perdão a ninguém nem percebi de que é que ele me estava a perdoar, levantei-me e vim-me sentar ao lado do Paulo Rangel".
(E fez muito bem. Sentar-se.)
Pedro Rodrigues, líder da JSD:
"Considero que o doutor Paulo Rangel é quem, no momento e nas circunstâncias atuais que o país e o partido enfrentam, melhores condições tem para mobilizar o partido, para devolver a esperança aos portugueses e para voltarmos a governar Portugal. É aquele em que acredito para unir o partido".
(Já somos dois a pensar o mesmo, mas certamente, por razões diferentes.) 
 
Pela amostra, resta concluir que Santana Lopes ao promover a realização do Congresso, prestou um inestimável serviço ao país. Provou, de facto, que o actual PSD e o PSD que os candidatos à sua liderança anunciam, caminha para a decadência e, a prazo, para a irrelevância política, tal a pobreza de ideias e a ausência de soluções para os problemas do país.
RIP? 

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