domingo, 7 de março de 2010

Uma flor de vez em quando (Ophrys lutea)

Erva-vespa, ou Flor-moscardo [Ophrys lutea (Gouan) Cav.]
(Local e data: Capuchos - Almada; 07-Mar-2010)
(Clicando, amplia)

8 comentários:

mdsol disse...

Bem bonita!

:))

anamar disse...

Venho recebê-la...
Linda.
Abraço
:))

Francisco Clamote disse...

Fica à disposição. Abraço para as duas amigas.

Anónimo disse...

Recebi as rosas, e retribuo,partilhando contigo e com "todas as criaturas", este retrato de mulher na poesia de CARLOS DRUMOND de ANDRADE:

Que pode uma criatura senão amar,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar,desamar,amar?
sempre e até de olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração espectante,
e amar o inóspito e o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.

Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.

Beijos-Lídia

Anónimo disse...

És a maior, Ginginha! Que poema! ah se eu fosse poeta, assim!

Um amigo

Anónimo disse...

Magnífico, é a palavra..

Ana

Anónimo disse...

Todos os que por aqui vão passando, ficam a dever-te alguns momentos de puro prazer. E viva a mulher!....
Manuela

Anónimo disse...

A sua presença, irregular, aqui, constitui, ela mesma, pelas escolhas poéticas que faz,uma homenagem à sensibilidade, à sabedoria, quiçá inerente à mulher....Parabens.