quinta-feira, 11 de março de 2010

Sondagem: PS distancia-se do PSD e BE afunda-se

O PSD com as suas comissões de inquérito, de braço dado com o BE*, não consegue levar a água ao seu moinho. É a conclusão a tirar de mais esta sondagem do Universidade Católica para DN, JN, RTP e Antena 1, realizada entre os dias 6 e 9 de Março de 2010. E, com os candidatos que estão na corrida à sua liderança, tenho para mim que também não vai longe.
Todavia, parece-me também evidente, contrariamente ao defendido pelo actual inquilino de Belém, que, com a actual composição da Assembleia da República, não vamos lá. A meu ver, tendo em conta as sucessivas coligações negativas formadas pela direita e pela esquerda (ainda hoje tivemos mais duas), parece-me imperioso realizar novas eleições, logo que aprovado o Orçamento de Estado, por forma a que se ponha termo a esta situação em que sobressai a irresponsabilidade das oposições que teimam em pôr em causa a credibilidade externa do país, credibilidade que mais afectada será se o PEC não vier a receber a bênção das bancadas da oposição. Nessa eventualidade que se me afigura cada vez mais provável, o PS não terá outra alternativa que não seja avançar no Parlamento com uma moção de confiança. Para não continuarmos no pântano.  E a Bem da Nação.
*Pode ser mera coincidência, mas o que é facto é que as intenções de voto no BE vêm por aí abaixo. Fruto sua oportunista ligação às posições da direita? Porventura não só, mas também. Quem não tem uma prática condizente com o discurso, arrisca-se a estes percalços. A demagogia nem sempre compensa. Está visto.
(Infografia daqui)

3 comentários:

Costa disse...

meu caro , estou plenamente de acordo com as eleições após a aprovação do orçamento e tb acho q deve ser o governo a propor uma moção de confiança , assim mata dois coelhos de uma vez, coloca a mostra a careca da oposição, e tb entala por interposta razão , o inquilino la daquele tão belo palácio , mas tão mal ocupado

Bettencourt de Lima disse...

Crónica de uma morte anunciada (em permanente actualização).

Elementar meu caro Watson, o homem não desiste. Por mais que queiram, o homem não desiste e isto só vai lá com eleições. Seja, lá terá que se pedir outra vez o voto ao povo (populares, como gostam as tvs de o designar) e esperar o resultado, sempre uma incógnita, e pimba! Lá ganha outra vez José Sócrates. Um... melhor mesmo é ver se desiste. Bom, agora o desgaste vai continuar através da comissão de inquérito. O Bloco a tentar escavar na esquerda do PS, o PSD a tentar impossibilitar o PM de ir a eleições desacreditando-o, o PC seguindo a política de terra queimada e o CDS, bom, ao CDS qualquer lhe serve desde que chegue ao governo. Como se chama mesmo o forte do Paulo Portas? São Julião da Barra?
As sondagens da Marktest de 16/21 de Fev. estimularam os candidatos e, vai daí, acelera-se a constituição da Com. de inquérito e anuncia-se Moção de censura, mas ó triste incerteza, a sondagem da Intercampos 23/27 Fev. coloca o PS no limiar da maioria absoluta, e, vai daí, já se põe em causa a moção censura (só se o PM confessar ???).

Anónimo disse...

Querem a maioria absoluta a todo o custo?
Força, novas eleições e logo se verá...
Lá de fora ver-nos-ão como um país que tem um governo que não se conforma com uma maioria relativa porque, com ela, não sabe, nem consegur governar. Só que lá fora, eles, que nos julgam, designadamente, as empresas de rating, sabem que nos outros países se consegue governar com maiorias relativas.
Aliás, as sondagens mostram que o país está dividido, grosso modo em duas partes, uns que estão no poder e outros que estão na oposição.

O meu conseho é este: Não joguem, nem brinquem com eleições porque senão os que pagam o seu crédito à habitação e os outros devedores vão-se ver gregos... para pagar as prestações da casinha.

O que se está a passar é o sinal da irresponsabilidade. Mas as coisas não vão mudar com novas eleições.
O governo foi eleito, tem de governar, tem de saber tomar medidas acertadas, também tem que saber negociar(embora não haja muito para isso), se a oposição disser que quer pensões mais altas sem mostrar onde se vao buscar as receitas , a oposição só tem que ser ridicularizada e, desafiada a votar contra o PEC.
Mas o sistema, não pode continuar a abrir excepçoes como no pretendido caso da Inês de Medeiros, porque então, tb temos as excepções dos carros de alta cilindrada, mais os funcionários de uma certa empresa, mais um jeitinho aqui e acolá, e todos sabemos que o que significa o contrário do ditado de "grão a grão, enche a galinha o papo.

Não há dinheiro!E eu não quero pagar mais impostos porque me andam a roubar face ao destino que dão aos meus tostões.

Portugal, os governantes portugueses, mais a sua classe política, têm-se comportado como uns tesos a armar ao ...

O PS só tem o direito de abandonar o Governo, depois de propor um PEC equilibrado, eficaz e justo que desfavoreça todos conforme as suas posses, mas todos!
Se votarem contra, então o Presidente, o tal que dizem não servir para nada que resolva.
Abílio Ferreira
Com toda a consideração