quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O efeito da iniquidade



Duvido que Coelho não volte, um dia destes, com a palavra atrás. E se não for Coelho, será Passos. Por duas razões muito simples.


Em primeiro lugar, porque Passos Coelho que é, sem dúvida, um mestre em sacudir a agua do próprio capote e em deitar culpas para cima das costas dos outros, é, por isso mesmo, também incapaz de assumir culpas próprias.
Ora, a economia não vai reagir como ele e Gaspar supõem, porque nem um nem outro têm em conta os efeitos da iniquidade que estão prestes a cometer com as medidas previstas na proposta de Lei do Orçamento de Estado apresentada por este governo.
E, no entanto, os efeitos da iniquidade das medidas, ainda antes de concretizadas, já estão à vista:

"O indicador de confiança dos consumidores calculado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) atingiu este mês um nível historicamente baixo, enquanto o indicador de clima económico também se aproximou de níveis negativos recorde.
Segundo dados hoje divulgados pelo INE, o indicador de confiança dos consumidores (medido através de inquéritos a particulares) caiu este mês porque as famílias questionadas manifestaram pessimismo quanto à evolução de todas as componentes do índice: o desemprego, a variação dos seus rendimentos, a capacidade de poupar e a situação económica geral do país.
Quanto ao indicador de clima (calculado através de inquéritos a empresas de vários setores de atividade), voltou a baixar em outubro, como ocorreu em todos os meses deste ano, aproximando-se dos mínimos atingidos em abril de 2009."(Fonte)

Quando os números da recessão, no próximo ano, ultrapassarem em muito os números do governo Passos, Gaspar, Portas & Cª, como até alguns dos seus apoiantes já antecipam, e quando o nível de desemprego bater todos os recordes, como admite a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), veremos se o trio e a companhia não irão atribuir as culpas a um qualquer bode expiatório.

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