Ainda o governo não acabou o foguetório à volta da (falsa) saída limpa e já surgem no horizonte umas quantas nuvens, por sinal, bem negras: " O défice comercial do primeiro trimestre sofreu o pior agravamento homólogo pelo menos dos últimos 14 anos. O crescimento das importações de mercadorias teve o triplo da força (6%) comparativamente ao ritmo de expansão das exportações (1,7%)."
Uma repetição destes resultados no segundo trimestre e teremos a confirmação de que o tão celebrado equilíbrio das contas externas foi apenas conjuntural, aparecendo como o resultado de uma compressão anormal das importações e não como fruto de uma qualquer melhoria do nível da competitividade da economia portuguesa, melhoria que, a ser verdadeira, teria tradução num consistente aumento das exportações. Ora, este aumento, pelos vistos, está a falhar, em conformidade, aliás, com o previsto por muitos especialistas que, por diversas vezes, têm chamado a atenção para o facto de não ter havido qualquer transformação positiva na estrutura produtiva da economia do país, para além da resultante da diminuição nos custos do trabalho, transformação que, mesmo em termos meramente económicos, está longe de ser virtuosa. Os resultados é para aí que apontam.
O que me parece evidente, e com isto "volto à vaca fria", é que se as nuvens no horizonte não significam o aparecimento de um tornado, dum momento para o outro, por certo que duma forte tempestade não estaremos livres, a menos que as nuvens tomem outro caminho que, por ora, não estou a ver qual possa ser.
2 comentários:
Nem imaginas o que eu me ri quando ouvi a Marilú dizer que a culpa foi da Páscoa! :-)
https://twitter.com/FerreiraMcf/status/466648346774736896
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