segunda-feira, 31 de agosto de 2015
domingo, 30 de agosto de 2015
sábado, 29 de agosto de 2015
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
"O Governo e a Fábula do Escorpião e do Sapo"
Não é fácil, nos dias de hoje, encontrar, entre políticos e comentadores, alguém com a virtude e a capacidade de nos informar, com rigor e honestidade, sobre o andamento das contas públicas.
Paulo Trigo Pereira, têm essa capacidade e essa virtude. Comprove a afirmação lendo "O Governo e a Fábula do Escorpião e do Sapo".
Com informação desta qualidade só se deixa enganar pelas aldrabices do governo da PàF (!) quem quer.
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
Passos Coelho que se cuide!
Aparentemente, está em curso no seio do PSD, uma acesa disputa sobre quem merece a palma da falta de seriedade.
É verdade que passos coelho tem uma reputação bem firmada como aldrabão e mentiroso. Pelo menos, é o que dizem as sondagens que se têm interessado em fazer perguntas sobre o assunto. Porém, maria luís albuqerque, desde há algum tempo apontada como uma provável substituta de passos coelho, em caso de insucesso eleitoral da coligação PàF(!) nas próximas legislativas, parece empenhada em não perder a corrida para obter um tal galardão, que, pelos vistos, nos tempos que correm, é indispensável para se atingir a liderança do PSD.
E, como é evidente, numa disputa como esta, nenhum dos contendores pode dar-se ao luxo de desperdiçar toda e qualquer oportunidade para firmar os seus créditos.
Não admira, por isso, que maria luís albuquerque tenha aproveitado a oportunidade proporcionada pela "óniversidade" de verão do PSD, para dissertar sobre os "malefícios" das propostas contidas no programa do PS, programa que, todavia, não leu:"O programa todo, não, não li. Li algumas coisas daquilo que são os documentos que o PS tem vindo sucessivamente a publicar e alguns comentários sobre os mesmos.”
Alguém duvida, perante o teor da afirmação, que a (imagine-se!) ministra das finanças não leu coisa nenhuma? Eu não.
Termino como comecei: Coelho que se cuide, pois, se quiser manter o título de político com maior índice de falta de seriedade, tem em maria luís albuquerque uma adversária à altura.
Que justiça?
«Para fazer um balanço da Justiça, podemos recorrer à tradicional imagem da balança. Num prato, o deslumbramento da ministra, que acha que tudo reformou e tudo resolveu.
No outro prato, o triste confronto com a realidade: o mapa judiciário que entrou em vigor aos trambolhões, com tribunais em pantanas e processos empilhados em corredores ao deus-dará; e, cúmulo da incompetência, todo o sistema judicial parado durante semanas, devido ao ‘crash’ do CITIUS, sem ninguém assumir a responsabilidade.
[CORTE_EDIMPRESSA]
Há ainda aquilo que a ministra devia ter feito e não fez: a Justiça não precisa de novos códigos, que este Governo ufanamente aprovou; precisa, sim, de uma gestão mais profissional, de métodos mais eficientes, da simplificação de actos e diligências, que permitam agilizar processos e reduzir pendências. Por fim, não esqueçamos o número recorde de leis inconstitucionais que a actual maioria foi capaz de produzir, sucessivamente chumbadas pelo último bastião do Estado de Direito em Portugal: o Tribunal Constitucional.»
(Tiago Antunes: "Caos". Destaque meu.)
terça-feira, 25 de agosto de 2015
"Se cá nevasse, fazia-se cá ski"
"Se o ano acabasse agora seria devolvido um quarto da sobretaxa"
(maria luís albuquerque ; ministra das finanças de passos coelho)A liberdade na incerteza ou a segurança da escravatura?
"Será que o povo deixou de ter a capacidade de sonhar um futuro diferente e melhor e apenas lhes podemos propor um regresso ao passado ou a continuação do presente para não os angustiar com as escolhas da liberdade? Será que a maioria dos cidadãos prefere mesmo a segurança da escravatura à incerteza da liberdade? Será que o mundo que os cidadãos sonham para os seus filhos é feito apenas de telenovelas e de centros comerciais?"
(José Vítor Malheiros: "O medo do futuro". Na íntegra: aqui)
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
domingo, 23 de agosto de 2015
sábado, 22 de agosto de 2015
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
Iliteracia ou má fé?
Não sei se houve algum órgão de comunicação social que não tenha aproveitado a apresentação dos cálculos finais do programa eleitoral do PS na quarta-feira para vir proclamar que António Costa prometia a criação de 207 mil novos empregos. Se um ou outro órgão de comunicação não alinhou pelo mesmo diapasão e foi capaz de fazer uma leitura correcta do que foi dito na ocasião, é caso para festejar, porque estaremos, em tal hipótese, a falar de uma avis rara. De facto, lamentavelmente, a generalidade dos media ou sofre de grave iliteracia, ou, o que é pior, distorce os factos movida por má fé.
A distorção entre o que foi afirmado, na referida apresentação e o que veio a ser noticiado é de tal forma flagrante que António Costa se viu obrigado a prestar novos esclarecimentos, afirmando para o efeito: "Eu não prometo 207 mil postos de trabalho, eu comprometo-me com um conjunto de medidas de política que tendo por prioridade a criação de emprego têm um estudo técnico a suportá-lo que estima um conjunto de resultados, na dívida, no crescimento, na redução do défice e também no emprego".
Será que a iliteracia é tão grande ou a má fé tão evidente que não dá para se conseguir distinguir uma estimativa em função de certos dados e uma promessa de resultado?
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
Se faz questão em ser novamente ludribiado, feche os olhos...
e comece por não ler este texto.
«(...)
«(...)
A coligação governamental, dando mostras de sagacidade política, soube sempre que teria vantagem em concentrar a austeridade na primeira metade da legislatura de modo a concentrar temporalmente a dinâmica recessiva e permitir alguma recuperação quando se aproximassem as eleições.
Fazê-lo implicou uma série de volte-faces. O aumento do salário mínimo, diabolizado pelo governo no inicio da legislatura como destruidor de emprego, passou entretanto a “desejável”. No início da legislatura, saudava-se como sucesso a eliminação do défice externo mesmo quando essa eliminação era um mero efeito colateral da recessão; no final da legislatura, saúda-se como sucesso o crescimento económico mesmo quando acompanhado pelo regresso do défice externo. Também nisto a coligação dá provas de sagacidade política: dada a relativa impermanência da memória no debate público, a coerência é um valor relativamente secundário em política. Contam menos a a realidade, a consistência lógica ou a racionalidade do que as aparências, o spin e as emoções.
Para não falar do malabarismo extraordinário que é necessário para qualificar como “ajustamento” um período de quatro anos em que a dívida pública passou de 108% para 130% do PIB e a dívida externa líquida passou de 83% para 104% do PIB. Ao fim destes quatro anos, exactamente que parte destes dois desequilíbrios macroeconómicos fundamentais é que foi “ajustada”?
(...) o governo até tem tido do seu lado uma conjuntura singularmente favorável em pelo menos três vertentes: a baixa histórica das taxas de juro a nível mundial, a depreciação do euro e a queda do preço do petróleo. Pois mesmo com estas ajudas extraordinárias, o sucesso macroeconómico do governo pode medir-se pelo emprego e pelo produto muito abaixo, e pelas dívidas pública e externa muito acima, do que era o caso quando entraram em funções.
Mas seria injusto e incompleto limitar a análise do desempenho do governo aos aspectos estritamente macroeconómicos. Há toda uma panóplia de transformações estruturais da economia portuguesa que se escondem por detrás dos indicadores mais comuns – e o governo tem procedido a uma série delas. Há a privatização, em geral por montantes irrisórios, da quase totalidade do que restava do sector empresarial do estado. Há a redução significativa da cobertura de apoios sociais como o rendimento social de inserção ou o complemento solidário para idosos. Há a redução de 46% para 43% da parte dos salários no rendimento nacional, em detrimento dos rendimentos de capital. Há a quase eliminação dos contratos colectivos de trabalho. Há o aumento, de 11% para 20%, da proporção dos trabalhadores que auferem o salário mínimo.
Houve, em suma, um aproveitamento magistral destes quatro anos para desvalorizar e precarizar o trabalho, para abrir novas esferas de actividade à acumulação privada e para transformar Portugal numa sociedade menos justa, menos solidária e mais desigual.»
(* Reprodução parcial de um artigo de Alexandre Abreu com o título "Os sucessos e insucessos do governo", publicado na integra no Expresso Diário de 19/08/2015, obtido via Estátua de Sal. Os destaques são da minha responsabilidade.)
terça-feira, 18 de agosto de 2015
"As promessas nunca feitas mas cumpridas"...
..pelos farsantes da PàF(!).
Diz, e bem,Mariana Mortágua ("Uma espécie de réveillon"*):
«A pobreza, o desemprego e a redução dos salários. São estas as verdadeiras reformas estruturais conseguidas. São as promessas nunca feitas, mas cumpridas. O resto são discursos de réveillon, 12 desejos ao sabor de 12 passas, todos gastos a pedir por uma amnésia generalizada que apague o mal estrutural que este Governo causou ao país.»
(* Na íntegra: aqui)
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
Quo vadis, Portas?
Paulo Portas suicidou-se politicamente no dia em que resolveu voltar com a palavra atrás em relação à sua "irrevogável" decisão de se demitir do governo de Passos Coelho. Nesse mesmo dia ficou a saber-se o que vale a sua palavra: NADA. E ele, que tem a obrigação de se conhecer a si próprio melhor que ninguém, deve ter tido consciência disso, porque todas as bandeiras por ele defendidas, com maior ou menor demagogia, ao longo dos anos (agricultores, reformados, contribuintes) foram sendo sucessivamente abandonadas por ele e pelo seu partido.
Mais relevante, porém, é que o suicídio político de Portas teve, em simultâneo, como consequência fazer desaparecer o CDS enquanto força política com alguma valia e autonomia. Na verdade, o CDS, nos dias de hoje, não é mais que um mero "apêndice do PSD".
A melhor prova da actual e, porventura, definitiva irrelevância política de Portas e do partido que ele lidera (?), o CDS, nem é a formação da coligação "Portugal à Frente" (para andar para trás, permito-me eu acrescentar), aceite incondicionalmente pelo CDS. O sinal mais evidente da perda de autonomia do CDS é participação de Portas e de alguns quadros do CDS na "festa do Pontal" organizada pelo PSD, manifestação onde Portas apareceu, não como dirigente de um partido com uma ideologia e valores próprios, mas transformado em mero soldado às ordens de Passos Coelho, encarregado de endereçar setas e farpas aos adversários. Sem grande habilidade e nula eficácia, diga-se.
(Reeditado)
(Reeditado)
domingo, 16 de agosto de 2015
Dedicado aos profissionais da banha da cobra em acção na "festa do Pontal"
Por uma vez, sem grande risco de se tornar vezo, estou de acordo com Passos Coelho: dizem as crónicas que, na "festa do Pontal", que ontem teve lugar, o dito cujo pediu aos eleitores chamados às urnas no próximo dia 4 de Outubro, um "resultado inequívoco".
Secundo o pedido: este governo destroçou o país, lançando milhares no desemprego, na pobreza e na miséria e empurrando centenas de milhares de portugueses para a emigração. Consequentemente, não só espero, como desejo, que os partidos que integram o actual governo, agora coligados na PàF (!), sofram nas urnas uma derrota sem margem para dúvidas. Ou inequívoca, se preferirem.
Todo o resultado que represente menos que uma derrota estrondosa nas próximas eleições legislativas significará também, inequivocamente, que, em Portugal, os vendedores de banha da cobra (papel que Passos e Portas desempenharam na perfeição na "festa do Pontal"), têm todas as condições para alcançarem sucesso.
Infelizmente, face aos antecedentes, é uma possibilidade que não pode ser levianamente descartada, muito por culpa dos partidos alinhados à esquerda do espectro partidário a quem se pede que, em vez de se digladiarem entre si, se concentrem na luta contra a direita radical que tomou conta do destino do país, em meados de 2011. Já, nessa altura, alguma esquerda teve culpas no cartório. Lamentavelmente, pelo que tenho visto e ouvido, ultimamente, essa esquerda parece que não aprendeu nada com a dolorosa experiência.
(imagem e citação: daqui)
"Alminhas"
Painel do género vulgarmente designado por "Alminhas", dedicado às almas do purgatório, no interior de uma pequena capela, nos arredores de Porto de Ovelha,
sábado, 15 de agosto de 2015
O que os aldrabões da "festa do Pontal" não vão dizer...
. .. é que ""há ainda um longo caminho a percorrer até se atingirem os níveis do PIB de 2010", PIB que, desde 2010 ( o último ano da década que os aldrabões apelidam de "década perdida") caiu 8, 1%.
A manter-se o anémico crescimento que agora se verifica (1,5%) a recuperação do PIB para valores de 2010, nem durante toda a próxima legislatura de 4 anos poderá ser alcançada. Mesmo que tudo o resto corra pelo melhor.
O tempo que o PIB levará a recuperar dá uma ideia, ainda que pálida, do grau de destruição da economia portuguesa provocado pela política de austeridade "custe o que custar" levada a cabo por este governo.
Digo pálida, porque, em boa verdade, só as famílias mais afectadas pela austeridade imposta pelos ora coligados na PàF (!) e, em particular, os milhares que foram lançados na pobreza é que estão em condições de avaliar a dimensão do desastre.
Disto não falarão Passos, nem Portas, na festa do Pontal. Aposto.
(imagem daqui)
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
Com o governo da PàF: ora a marcar passo, ora em marcha atrás
É a conclusão a tirar dos dados divulgados hoje pelo INE sobre o andamento da economia portuguesa.
Esta está, de facto, a marcar passo, pois o PIB no 2º trimestre deste ano cresceu 1,5% em termos homólogos (inferior a todas as previsões) e 0,4% em relação ao trimestre anterior (precisamente metade do verificado na Grécia, apesar da dimensão da crise que a tem assolado!), valores que, sendo idênticos aos apurados em relação ao trimestre anterior, reflectem a falta de dinamismo da economia portuguesa.
Ao mesmo tempo, porém, os dados divulgados revelam que o crescimento se ficou a dever ao aumento da procura interna (consumo e privado e variação positiva de existências) e não ao desejável aumento da procura externa (exportações) que deu "um contributo negativo significativo para a variação homóloga do PIB".
Se isto não é andar para trás, andar para a frente, como apregoa o governo e a sua extensão PÀF, é que não é. De certeza.
(fonte)
Proíbido, mas não para vigaristas
«PSD/CDS. Licença para uso de figurantes foi obtida já cartazes estavam nas ruas"
(...)
A licença destas imagens foi resolvida ao fim do dia de quarta-feira [...] com a compra de uma licença Premier da Shutterstock, a qual permite o uso de imagens num contexto político", informou fonte do gabinete de imprensa da empresa que detém as imagens.
A empresa prestou este esclarecimento numa resposta escrita enviada à agência Lusa e depois de lhe serem enviadas as imagens usadas nos cartazes da coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP). Desde o início da semana que a utilização de figurantes estrangeiros em cartazes da coligação tem sido tema nas redes sociais e na imprensa.
Os quatro cartazes da coligação que utilizam quatro figurantes adultos estrangeiros chegaram há poucos dias às ruas e têm associadas frases como "crescimento do turismo", "recuperação da confiança, das empresas e dos consumidores", "recorde nas exportações" e "aumento do investimento e do emprego".
A mesma fonte explicou que até à obtenção desta licença era "estritamente proibido o uso do conteúdo [do banco de imagens] num contexto político", nomeadamente promoção, publicidade, ou apoio a qualquer candidato ou político eleito.
(...)»
(Fonte)
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
Um retrato da dívida pública portuguesa
Gráfico esclarecedor, acho eu, quanto à aceleração do aumento da dívida durante a (des)governação de Passos Coelho. Fica, no entanto, por explicar onde e como é que Coelho espatifou, em 4 anos, quase 60 000 milhões de euros. Digo espatifou, porque o endividamento em tal montante (59 807 milhões, para ser exacto) constitui um verdadeiro mistério.
Cabe perguntar, de facto, que sumiço levaram tantos milhares de milhões de euros, se é verdade que o governo de Passos Coelho:
i. cortou, pela raiz, o investimento público;
ii .reduziu salários de funcionários públicos e empregados de empresas públicas;
iii. cortou pensões e subsídios de férias e de Natal;
iv. bateu todos os recordes em aumento de impostos; e .
v. graças à intervenção do BCE até viu baixar as taxas de juro.
Se tudo o que fica dito é verdade (e é) Passos Coelho deve uma explicação ao país sobre o sumiço que deu a tanto dinheiro. No mínimo.
(O gráfico obtido no facebook tem, aparentemente, origem no CM)
Para lá dos cartazes da PáF
A realidade encarrega-se a toda a hora de desmentir a propaganda da PàF. Por exemplo, no que à emigração diz respeito, ficámos hoje a saber que, "Nem no período da Guerra Colonial houve tantos médicos a saírem para outros países".
Perante a continuação da sangria de quadros, a que já nem os médicos escapam, os farsantes da PàF ainda se atrevem a falar de sucesso?
" O povo é sereno"
«(...)
Histórias, enfim, que ocorrem a propósito das guerras de cartazes que animam o estúpido mês de agosto, no arranque da campanha eleitoral. Enquanto certos aprendizes de feiticeiro recorriam aos sorrisos de promoção de pastas dentífricas para testemunhar a radiosa satisfação dos eleitores com os sucessos do Governo, os da Oposição baralhavam os rostos que justamente deviam conferir a força de uma certificação pessoal à realidade autêntica que pretendem resgatar do suposto paraíso governamental. Claro que é grave e até rolaram cabeças. Mas não é aqui que se ganha ou perde a confiança das pessoas. Cônjuge ou eleitor, quem se deixa arrastar por este jogo de aparências sem vislumbrar algum ganho? Como dizia o velho almirante, "o povo é sereno!". Sereno e lúcido.»
(Pedro Bacelar de Vasconcelos; "Manipulação e fidelidade". Na íntegra: aqui)
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
PàF: sem caras para "dar a cara"
Compreende-se perfeitamente a opção da coligação "PàF"(!) em recorrer a modelos profissionais estrangeiros para ilustrar os seus cartazes de propaganda. Com tanta aldrabice junta ["+ igualdade" (em quê?); "Portugal à Frente" (na dívida?); "Agora Portugal pode mais" (estranho e nunca visto caso digno de novela)] não era, seguramente, nada fácil encontrar, uma portuguesa/um português que "desse a cara" por patranhas de tal calibre.
Uma australiana que, com grande probabilidade, nem viu o cartaz onde a sua cara foi pespegada, nem conhece uma palavra de português, com excepção de "euros", vinha mesmo a calhar . E assim foi: PáF!
Prefira as histórias da carochinha!
Com uma dívida pública correspondente a 96% do Produto Interno Bruto (PIB) (a existente no final do Governo liderado por José Sócrates) Portugal estava na bancarrota, diz o Coelho e reafirma o Portas, respectivamente primeiro-ministro e vive-primeiro-ministro da actual Comissão Liquidatária, entidade que há quem considere como governo da República.
Os mesmos figurantes, responsáveis pelo maior crescimento da dívida pública em termos absolutos e em termos percentuais, garantem que uma dívida pública que chegou a ultrapassar 130% do PIB e que, apesar das contínuas baixas da taxa de juro (graças a São BCE), continua lá por perto, é um caso de sucesso.
Sabendo-se que os dois conhecidos pantomineiros são muito amigos do "pote" e que, só à força é que terão que o largar, não se estranha que insistam em divulgar uma patranha tão evidente. Verdadeiramente surpreendente é que ainda haja gente adulta que acredita numa versão que é, mesmo vista a léguas, uma acabada aldrabice.
A quem se encontre nessa situação de incrível credulidade deve ser recomendado que leve mais a sério as histórias da carochinha. Sempre dará provas de maior maturidade. atendendo a que há mais verdade nas histórias da carochinha do que nas "estórias" dos dois figurantes da coligação premonitoriamente chamada PàF!
terça-feira, 11 de agosto de 2015
Fez votos de pobreza?
Com a experiência adquirida por Passos Coelho e Paulo Portas ao longo de mais de quatro anos, uma quebra de votos de pobreza, com eles no poder, é algo impensável. Se persiste em manter tais votos, não hesite. Nas próximas legislativas, vote PàF.
No espectro político nacional não há outra alternativa que lhe ofereça maior segurança. Com a PàF, se pobre quer ser, pobre será. Para dizer toda a verdade, pobre será, mesmo que não queira.
domingo, 9 de agosto de 2015
Não corra riscos!
Tem prazer em ser enganado?
Se for o seu caso, não corra riscos. Votar PàF (!) nas próximas legislativas é, sem margem para dúvidas, o mais seguro. Passos Coelho e Paulo Portas, como aldrabões, são imbatíveis . Passos Coelho pode mesmo apresentar certificado internacional de aldrabão.
Insisto: se quer ser enganado, não hesite, pois não há que enganar: vote PàF!
Como prémio conte com mais 4 anos de lamentações.
sábado, 8 de agosto de 2015
É masoquista ?
Tudo o que se possa dizer, nesta altura, acerca dos malefícios causados a Portugal e aos portugueses pela parelha Passos Coelho/Paulo Portas fica forçosamente aquém da realidade, porque só poderá avaliar-se a dimensão do desastre quando a pandilha no poder for posta fora de cena.
Não há, porém, dúvidas de que:
- i. A actual maioria mentiu descaramente (antes e depois da campanha eleitoral de 2011) e, formada como é por verdadeiros profissionais da aldrabice, a mesma maioria, agora sob a forma de coligação designada muito apropriadamente por PAF(!), não desistiu de ludibriar o eleitorado. (Se dúvidas houvesse, bastaria ler o relatório do FMI para elas se esfumarem.De facto ali se lê que “as autoridades [portuguesas] reiteraram o seu compromisso com as metas de redução da dívida expressos no Programa de Estabilidade e indicaram que propostas mais concretas ao nível da despesa seguir-se-ão às eleições para o Parlamento, à medida que forem necessárias”. Note bem: "depois das eleições". Manifestamente, eles podem ser - são - aldrabões, parvos é que não.)
- ii. Ao longo de toda a legislatura prestes a findar, fomos repetidamente insultados, em particular por Passos Coelho que, vendo-se a ele próprio ao espelho, se fartou de andar a apregoar que os portugueses tinham andado "a viver acima das suas possibilidades";
iii. Garantiram-nos, depois de já terem tomado conta do "pote", que Portugal tinha mesmo que empobrecer e, verdade seja dita, por uma única vez cumpriram. Portugal empobreceu mesmo. Portugal e a maioria dos portugueses. Os ricos, ao que consta, ficaram mais ricos, em conformidade, aliás, com os desejos e os esforços da dupla partidária no poder. Em contrapartida, o número de pobres aumentou exponencialmente, em consonância com o lema deste governo: tirar aos pobres. para dar aos ricos. (Se o lema é falso, o resultado é incontroverso).
iv. Sofrendo Portugal desde há séculos e não apenas desde há décadas, de um défice de competitividade face aos seus parceiros mais próximos, Coelho e Portas, em vez de enveredarem pela política de investimento na qualificação (inclusive do empresariado que dela bem precisado anda), na ciência e na inovação, preferiu apostar na precarização do trabalho assalariado, na redução de férias e feriados e no aumento dos horários laborais. Em pura perda.
v. A política seguida por esta gente provocou a perda de centenas de milhares de postos de trabalho e empurrou para a emigração cerca de meio milhão de jovens e de quadros qualificados, números que representam para Portugal uma sangria de valores que não tem paralelo em qualquer outra época da sua história.
vi. Não há memória de uma governação à qual possa ser imputado um esbulho à altura do levado a cabo pelo governo liderado pela parelha constituída pelo pantomineiro Passos e pelo vice-pantomineiro Portas. Cortes de pensões, de salários, de subsídios de férias e de Natal, brutais aumentos de impostos sobre contribuintes individuais, acompanhados de desagravamentos fiscais para empresas, tudo serviu para "aliviar" os bolsos dos portugueses, em particular dos que fazem parte da chamada, própria ou impropriamente, classe média.
vii. Como se ainda não fossem suficientes todas as malfeitorias elencadas (e só se contou da missa, a metade) impõe-se ainda lembrar o empenho destes meliantes em vender todos os anéis e "jóias da coroa" que ainda restavam à República. Em boa verdade até dos "dedos" se estão já a desfazer.
E tudo para quê?
Para, no final desta legislatura, Portugal ficar mais endividado do que nunca. (130% do PIB, contra 96%, em 2011).
Deixei no título a pergunta: É masoquista ? Se é, siga o meu conselho: vote PàF! Tendo em conta os antecedentes, pancada é coisa que lhe não vai faltar!
E V. vai votar na coligação?
"Vai votar na coligação?"
A resposta a tal pergunta por parte de quem nada tenha a ver com os partidos da coligação PàF ("Pote à Frente"?) liderada pela parelha Passos Coelho/Paulo Portas não teria o menor interesse, visto que seria tanto mais previsível quanto maior o grau de aversão dedicado à PàF e "a quem a apoiar". Um rotundo e definitivo "não", seria (é), sem qualquer surpresa, a única resposta possível.
O mesmo não se poderá dizer da resposta de Manuela Ferreira Leite, ex-líder do maior partido integrante da funesta coligação, a quem foi feita idêntica pergunta.
Tratando-se da pessoa de que se trata, militante e ex-presidente do PSD, a sua resposta é verdadeiramente surpreendente. Disse ela, em resposta à pergunta: "É legítimo fazer a pergunta. Mas não quero responder"
A resposta a tal pergunta por parte de quem nada tenha a ver com os partidos da coligação PàF ("Pote à Frente"?) liderada pela parelha Passos Coelho/Paulo Portas não teria o menor interesse, visto que seria tanto mais previsível quanto maior o grau de aversão dedicado à PàF e "a quem a apoiar". Um rotundo e definitivo "não", seria (é), sem qualquer surpresa, a única resposta possível.
O mesmo não se poderá dizer da resposta de Manuela Ferreira Leite, ex-líder do maior partido integrante da funesta coligação, a quem foi feita idêntica pergunta.
Tratando-se da pessoa de que se trata, militante e ex-presidente do PSD, a sua resposta é verdadeiramente surpreendente. Disse ela, em resposta à pergunta: "É legítimo fazer a pergunta. Mas não quero responder"
Conjugando esta resposta com declarações que Manuela Ferreira Leite fez recentemente ("Não consigo estar solidária porque sou social-democrata e mantenho-me dentro da matriz social-democrata. A ideia com que a social-democracia encara o Estado social assenta em três pilares: a educação, a saúde e a segurança social. E aí considera-se que uma parte importante destes pilares são fornecidos pelo Estado. Se assim não for, entramos num regime assistencialista, o Estado paga aos pobrezinhos.") não é difícil decifrar o real significado da resposta. É, clarissimamente, não. E V.? Acha, porventura, que ainda não foi suficientemente enganado?
(imagens e citações daqui)
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
Com esta pandilha a culpa há-de morrer solteira
«A taxa de desemprego em 12,4% é um valor extremamente elevado, que representa o sinal mais evidente da crise profunda que estamos a atravessar. A recessão económica não é uma consequência do pedido de ajuda externa [...] mas é o resultado da ineficiência das políticas que foram seguidas durante todos estes anos." A frase é do atual PM. Mas, calma, foi proferida antes de o ser - em maio de 2011, em plena campanha para as legislativas de 5 de junho.
E é simbólica por vários motivos. Primeiro por demonstrar como o mesmíssimo valor de taxa de desemprego pode ser, para a mesma pessoa e conforme está na oposição ou no governo, "extremamente elevado" e testemunho de "crise profunda" e "políticas ineficientes" ou sinal de "recuperação". Em 2011, alegar-se-á, a taxa oficial de desemprego estava a subir e agora está a descer, e descer é melhor do que subir (dah). Mas será que faz sentido um governante gabar-se por ter - alegadamente, já que se perderam mais de 200 mil empregos entretanto - voltado a um ponto de partida que reputou de muito grave?
"Congratularem-se com ter a mesma taxa de desemprego agora e na altura do resgate é como uma pessoa ao sair do hospital ficar contente por se sentir como quando ia na ambulância para lá", escreveu, no Twitter, uma jornalista do Financial Times, respondendo ao secretário de Estado Maçães (que está em jihadcontra quem ponha em causa o sucesso PAF). Mas a frase de Passos transporta mais ironias, como a da recusa - em 2011 - de contextualização para a recessão da economia portuguesa. Como se a crise económica planetária desencadeada em 2007- -2008 com o rebentar da "bolha" financeira do imobiliário, consensualmente comparada à grande depressão dos anos 30 do século passado, nunca tivesse existido; como se a crise das dívidas soberanas europeias, que em 2010, na sequência da primeira, levou aos pedidos de resgate da Grécia e mais tarde da Irlanda, de Portugal e de Chipre (os 130 mil milhões emprestados à Espanha levaram outro nome), nunca houvesse ocorrido.
Nada disso: em 2011, desemprego, austeridade, recessão, resgate eram só responsabilidade do governo português. Mas e agora, quatro anos depois, como explica Passos a dívida em 130% do PIB após austeridade maciça, mais de 200 mil empregos desaparecidos, emigração recorde, a trapalhada da resolução do BES, todas as previsões do executivo erradas? É vê-lo, há uma semana, na redação do Jornal de Negócios. Invocando os "tempos de vacas gordas" de que os socialistas gozaram, retorque, ríspido, a quem objeta: "Qual crise mundial? E nós, não tivemos crise? A crise que herdámos em 2011 resultou das decisões que tomei?" E conclui: "Fizemos um resgate internacional, passámos por uma recessão que foi a maior que tivemos nos últimos anos - 4% de recessão em 2012! Se no meio disto tudo não tivéssemos desemprego seria um milagre." Coitado de Passos, realmente, não lhe podemos pedir responsabilidade por nada.»
(Fernanda Câncio; "Passos e as culpas")
A que extremos chegou o descaramento da pandilha !
«De acordo com o que é escrito no segundo relatório de monitorização pós-programa a Portugal publicado esta quinta-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), “as autoridades [portuguesas] reiteraram o seu compromisso com as metas de redução da dívida expressos no Programa de Estabilidade e indicaram que propostas mais concretas ao nível da despesa seguir-se-ão às eleições para o Parlamento, à medida que forem necessárias”».
Clarinho como água: após as eleições, voltará a valer tudo, se os eleitores cairem novamente na esparrela montada pela pandilha da coligação PàF !!! (PSD/CDS).
(imagem e citação: daqui)
"Política ou mercearia?"
«(...)
Num discurso verdadeiramente extraordinário, Paulo Portas, ao apresentar o programa eleitoral da coligação, estigmatizou o PS por ter lançado o país na bancarrota. Conclui-se, portanto, que as responsabilidades por todos os problemas que este executivo não foi capaz de resolver (desemprego, educação, justiça, pobreza, etc) não é de quem governou nestes quatro anos mas de quem o fez nos oito ou dez anos anteriores. António Costa que se cuide, pois não tardará a ser acusado de culpas pelo ultimato inglês, o terramoto de 1755, a grande peste de 1384, quando não dos encontrões que D. Afonso Henriques terá dado à mãe...»
(Rui Cardoso . Na íntegra: aqui)
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
O martelo de Hefesto
A desconfiança transforma-se em certeza num ápice:
«No final de Junho havia 155.892 pessoas em actividade através dos "programa operacionais para desempregados" do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Ou seja, havia 156 mil estágios apoiados pelo Estado.No final de Junho havia 155.892 pessoas em actividade através dos "programa operacionais para desempregados" do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Ou seja, havia 156 mil estágios apoiados pelo Estado.
Ou seja, é uma diferença de 129,8 mil pessoas, um aumento que mostra que as empresas estão a aproveitar os apoios do Estado para recorrerem a estagiários que podem substituir sucessivamente, na altura de fim do vínculo, sem ter de os integrar na companhia. No entanto, é o suficiente para que os estagiários em questão deixem de contar para as estatísticas do INE. Tem sido este, aliás, um dos argumentos usados pela oposição para contestar a descida do desemprego.»(fonte).
E, para não restarem dúvidas, dou a palavra a quem muito sabe destas matérias: «Desde Junho, sobretudo, assiste-se à intensificação, sem precedentes, das convocatórias, próxima dos 50%, de forma a anular os registos e, sobretudo, a ocupar pessoas em formação, sendo evidente o acréscimo de mudanças de categoria dos desempregados e o número anormal de cursos iniciados em pleno mês de Agosto. Os últimos dados, do desemprego registado, onde os dados em fluxo aumentaram 6,1%, mas em stock diminuíram 12,7%, é uma manifestação e prova claras destes procedimentos.» (fonte)
Obviamente que nada disto acontece por acaso. Aqui anda, sem dúvida, o dedo martelo de Hefesto.
Mais um "dedo" que se foi
Não havendo já anéis para este governo alienar ao desbarato, a Comissão Liquidatária liderada por Passos Coelho até dos "dedos" se começa a desfazer.
Coube agora a vez à Empresa de Investigação e Desenvolvimento de Electrónica (EID) , uma empresa que "Tem mais de 30 anos de experiência no mercado, conta com uma força de trabalho altamente qualificada, exporta quase metade da sua actividade e dá lucro", vendida a um grupo inglês.
Pelas mãos, onde, suponho, não faltarão anéis, de Sua Nulidade, o ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco.
Usando de toda a franqueza, devo dizer que o que mais me espanta, já nem é sequer a política seguida por este governo. O que é mais surpreendente é a forma como os portugueses assistem, impávidos e serenos, à completa liquidação do património que é pertença de todos nós enquanto comunidade nacional.
(citação e imagem: daqui)
Mais alemão que os alemães
Para quem ainda tenha dúvidas:«Economista britânico Philippe Legrain, ex-conselheiro de Barroso, teve acesa discussão com Bruno Maçães no Twitter. Traça cenário na linha do que irritou o secretário de Estado, que acusa de fazer "propaganda"».
(Citação e imagem daqui)
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
Graças ao martelo de Hefesto?
Embora se saiba que há 509 mil desempregados que não entram nas contas oficiais (que, se contassem, colocariam a taxa de desemprego bem acima de 20%), a acentuada descida dos números do desemprego, segundo os dados que ultimamente têm vindo a ser divulgados pelo INE, conquanto tenha de ser vista como uma excelente notícia, se os números corresponderem à realidade para lá da estatística, não pode também deixar de causar alguma perplexidade, mesmo considerando que a descida do desemprego é acompanhada por uma baixa ainda mais acentuada do lado do emprego (foram perdidos 219 mil empregos desde o segundo trimestre de 2011 até ao final do segundo semestre deste ano).
A grandeza deste número de empregos perdidos explicável, em grande parte, pela sangria dos trabalhadores mais jovens e mais qualificados, entretanto empurrados para a emigração pela política de desastre deste governo, deveria ser suficiente para fechar a boca a quantos do lado dos partidos da maioria se vangloriam dos resultados anunciados pelo INE. Deveria, se nos partidos da maioria ainda houvesse o sentido da decência e alguma noção de solidariedade para com as vítimas da sua política de austeridade "custe o que custar", mas não é, manifestamente, o caso.
Seja como for, a perplexidade permanece e só desapareceria se se concluísse (e longe está uma tal conclusão) que é errada a tese defendida pela generalidade dos economistas de que não há crescimento do emprego se a economia não crescer algo acima de 2%. Sabe-se, sem margem para dúvidas, que não é esse o caso da economia portuguesa que só lentamente tem vindo a sair de uma recessão prolongada de pelo menos 3 anos.
Não havendo justificação do ponto de vista dos estudos económicos para esta súbita e acentuada descida do número de desempregados, em véspera de eleições, e não pondo em causa a seriedade e a independência dos trabalhadores e dirigentes do INE, resta fazer apelo a uma qualquer espécie de intervenção divina para encontrar a explicação.
É por isso que eu, embora não garanta, também não ponho de parte a hipótese de o milagre ser obra do martelo do deus Hefesto.
terça-feira, 4 de agosto de 2015
Chamar os bois pelos nomes
É o procedimento recomendado por José Vítor Malheiros, se não estivermos "dispostos a perder a democracia em nome das boas maneiras".
Conta o cronista com o meu completo acordo. Por isso digo e repito: Passos Coelho e Portas mentem e descaradamente. Logo não há que hesitar em proclamar que são mesmo dois aldrabões.
Não faltam razões para se andar preocupad@.
Mariana Mortágua mostra-se preocupada com Passos Coelho ("O primeiro-ministro preocupa-me") e não lhe faltam razões para tal.
Em boa verdade, só um tolo (ou quem partilha do bolo) é que pode dar-se ao luxo de não andar preocupad@ com o rumo duma governação que tem por objectivo declarado "empobrecer o país", governação que, considerando o referido objectivo, desonra lhe seja feita, tem tido um enorme sucesso.
"Gralha" ou piada de mau gosto?
Tarde e a más horas a coligação de direita concorrente às eleições legislativa sob a sigla PAF (que suponho querer dizer "Pote à Frente") liderada pelo caloteiro assumido que responde pelo nome de Passos Coelho (agora também conhecido internacionalmente como aldrabão) e pelo malabarista Paulo Portas (mundialmente conhecido como o inventor das decisões irrevogáveis de curtíssima duração) acabou por dar à luz um pretenso programa eleitoral a que deram o título de "Agora Portugal Pode Mais".
Das duas uma: ou a coligação encarou o título como mais uma piada entre as muitas que o documento contém a ponto de se poder considerar que o dito programa não passa de um repositório de piadas e de indecifráveis charadas; ou então não houve o cuidado de evitar que no título pousasse uma "gralha" bem irritante como é próprio de qualquer gralha que se preze. Na verdade, sabendo-se que a dívida pública durante a actual legislatura conduzida pelos dois citados meliamantes (neologismo com o significado de amantes de mel) saltou de cerca de 96% do PIB para 130%, é óbvio que Portugal, agora, não pode mais, precisamente porque deve mais. É dos livros e a experiência confirma que quem deve mais, menos poder tem.
Se, alertada para o equivoco do título ("gralha" ou piada), a coligação não enxotar a "gralha", então forçoso é concluir que houve a intenção de fazer do título mais uma piada. De mau gosto.
(post reidtado e republicado)
Sem "gralha": Agora Portugal Deve Mais
Tarde e a más horas a coligação de direita concorrente às eleições legislativa sob a sigla PAF (que julgo querer dizer "Pote à Frente") liderada pelo caloteiro assumido que responde pelo nome de Passos Coelho (agora também conhecido internacionalmente como aldrabão) e pelo malabarista Paulo Portas (mundialmente conhecido como o inventor das decisões irrevogáveis de curtíssima duração) acabou por dar à luz um pretenso programa eleitoral a que deram o título de "Agora Portugal pode mais".
É evidente que de duas uma: ou a coligação encarou o título como mais uma piada entre as muitas que o documento contém a ponto de se poder considerar que o dito programa não passa de um repositório de piadas e de indecifráveis charadas; ou então não houve o cuidado de evitar que no título pousasse uma "gralha" bem irritante como é próprio de qualquer gralha que se preze. Na verdade, sabendo-se que a dívida pública durante a actual legislatura conduzida pelos dois citados meliamantes (neologismo com o significado de amantes de mel) saltou de cerca de 96% do PIB para 130%, é óbvio que Portugal, agora, não pode mais, precisamente porque deve mais. É dos livros e a experiência confirma que quem deve mais, menos poder tem.
Se, alertada para o equivoco do título ("gralha" ou piada), a coligação não enxotar a "gralha", então forçoso é concluir que houve a intenção de fazer do título mais uma piada. Sem graça.
A gralha da imagem [Gralha-de-nuca-cinzenta (Corvus monedula)] não tem, obviamente, nada a ver com o caso, mas fica aqui bem a servir de ilustração. Acho eu.
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
"O legado dos últimos 4 anos de governação na justiça"
«(...)E o legado dos últimos quatro anos de governação na justiça é do mais profundo e antidemocrático populismo, encabeçado pela senhora ministra da justiça, com a complacência dos demais. Descobrirão que é o pior caminho no dia em que também eles se virem envolvidos nesta vaga de populismo justiceiro.
(...)»
(Francisco Proença de Carvalho: "O perigoso legado do populismo" . Na íntegra: aqui)
Um caso de "sucesso"
Nem sempre (ou, para ser mais exacto, quase nunca, ou mesmo nunca, se estou bem recordado) estou de acordo com a narrativa de "sucesso" propagandeada por este governo de meliamantes (traduzindo: amantes de mel), mas não é, honestamente, possível ignorar este caso. Se as cantinas até abrem em agosto para dar almoço a alunos é porque clientes, mesmo em tempo de férias, não faltam, E, se os clientes não faltam. não se pode deixar de falar em "sucesso"?
Será que pode?
domingo, 2 de agosto de 2015
Para, a 4 de Outubro, recordar
"(...) o que sabemos da coligação de direita é que ao longo destes quatro anos todas as previsões que fizeram falharam e todos os objectivos que traçaram, fracassaram. Queriam reduzir a dívida, ela aumentou. Queriam reduzir o défice para 0,5% e ficaram em 4,9. E isto apesar das doses maciças de austeridade, dos aumentos dos impostos, de salários e pensões."
(António Costa; extracto de entrevista. Na íntegra: aqui)
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