Não sei até que ponto chegou o confronto entre o ex-director desportivo do Sporting, Sá Pinto e o jogador Liedson, como também não sei a quem são de atribuir as responsabilidades pelo incidente que, ao que parece, começou ainda durante o decorrer da partida entre o Sporting e o Mafra para a Taça de Portugal.
Se assim, seja assado, é evidente que o caso vai ter consequências, uma delas já traduzida na demissão de Sá Pinto do cargo que vinha desempenhando.
Pelo que sabe, Liedson, embora sujeito a um processo de inquérito, continuará a jogar e a dar o seu contributo à equipa, decisão que, nesta fase, antes do apuramento de responsabilidades, não me parece ser muito acertada. E por uma razão simples: com este tratamento, o Sporting arrisca-se a ficar refém de Liedson que, por certo, passará a considerar-se um intocável. Ora, tal situação é claramente prejudicial em termos disciplinares e pode vir a ter reflexos em todo o grupo, onde passará a haver filhos e enteados.
Liedson é bom jogador, mas o grupo é mais importante, acho eu, que, no entanto, não estou a julgar Liedson, que até pode não ser o responsável pelos incidentes. Há, no entanto que o apurar, pois suponho que o pedido de demissão por parte de Sá Pinto não constitui uma confissão de culpa. A sua demissão terá mais a ver, suponho, com a sua intenção de contribuir para não afectar ainda mais o grupo de trabalho. E, sendo assim, neste particular, merece aplauso. Quanto aos incidentes em si, ver-se-á mais tarde.
Entretanto, duma forma ou doutra, quem sai seguramente a perder destes incidentes é o clube. Sobretudo se a direcção e o treinador não forem capazes de dar a volta por cima. Espero bem que sim.
(Imagem daqui)
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