Por todas as razões e mais uma, a nomeação de Maria de Lurdes Rodrigues, ex-ministra da Educação, como presidente da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) é uma escolha acertadíssima que a honra (como ela reconheceu) e que honra também quem a nomeou (o primeiro-ministro).
Não lhe faltando qualidades pessoais, como mulher inteligente e dedicada ao serviço público (que é) e que não vira a cara às dificuldades, a sua nomeação é também um acto de justiça pelo muito que a ela se fica a dever enquanto esteve à frente do ministério da Educação. Isto digo, mesmo reconhecendo que nem todas as suas ideias e reformas chegaram a bom termo, nomeadamente devido à circunstância de o actual Governo estar refém, também em matéria de educação, de uma maioria parlamentar constituída pelos partidos da oposição que deram sobejas provas de irresponsabilidade neste particular.
Diga-se, no entanto, o que se disser, certo é que o seu empenho pela melhoria da qualidade do ensino público já deu frutos e algumas das suas reformas ("a escola a tempo inteiro" e as aulas de substituição no ensino obrigatório, a introdução do inglês no 1º ciclo e a generalização das novas tecnologias no ensino, p.e.) vão continuar a frutificar.
A data escolhida para anunciar a sua nomeação é sem dúvida um sinal de reconhecimento pelo seu excelente trabalho. Merecido, digo eu.
(Também em" A Regra do Jogo")
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