quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Procura-se parceiro(a) para a dança


Começaram hoje as conversações do Governo com os partidos da oposição tendo em vista a obtenção de possíveis acordos que viabilizem a aprovação do Orçamento de Estado.
Pelo que tem vindo a lume, parceiros para a dança à volta do Orçamento não serão, nem o PCP ("Não há abertura para uma mudança profunda que o país precisa", diz Bernardino Soares) nem o BE ("O acordo será difícil", considera José Manuel Pureza).
Nada de admirar, num caso e noutro, face ao que têm sido as posições defendidas pelos partidos situados à esquerda do PS, no hemiciclo de S. Bento.
Já à direita, as perspectivas parecem ser mais animadoras, com Manuela Ferreira Leite (PSD) a considerar que a reunião com o Governo decorreu "de forma correcta e frutuosa" e com o representante do CDS, Luís Queiró, a sair optimista do encontro com o ministro das Finanças.
A ver vamos, que eu, por ora, não estou muito convencido que o Governo vá encontrar um parceiro para a dança. O que não significa que o Orçamento não venha a ser viabilizado, pela via da abstenção dalgum dos partidos à direita ou de ambos. Isto, porque nenhum deles quer, por agora, um impasse que leve à realização de novas eleições legislativas.
Para chegar à dança, porém, era preciso bem mais que a abstenção. Só que a tal obsta, quer a distância mantida entre as posições dos eventuais parceiros, quer o terreiro do baile (leia-se: enquadramento orçamental) que, por força de circunstâncias bem conhecidas (a crise) também não é o mais favorável...
À dança, pois claro!

2 comentários:

Quint disse...

E é para uma valsa ou um tango?

Francisco Clamote disse...

Há mais opções, acho eu.