sexta-feira, 15 de março de 2013

Cambada de farsantes

Perante as previsões ora revistas na sequência da 7ª avaliação da troika  [recessão da economia  (-2,3%) a mais que duplicar a previsão inscrita no Orçamento do Estado (-1%) ; desemprego a atingir 19% no final do ano, contra os 16,4% previstos no OE) soa simplesmente a ridículo a declaração da troika de que o programa português está "no bom caminho". Para o desastre é, seguramente, um bom caminho, pelo que, perante uma tal afirmação, uma conclusão se impõe: estes gajos só podem estar a gozar com a nossa cara.
O mesmo se diga das declarações de Durão Barroso, que acha que o programa da troika em Portugal está a ser “executado correctamente” e que defende que os planos de ajustamento na União Europeia “funcionam”. Não há dúvida que funcionam, mas em sentido contrário ao desejável.
Funcionam tão bem ou tão mal que até o PSD, através do deputado Miguel Frasquilho, acaba de descobrir que, se a situação económica e social continua a degradar-se, tal é o resultado do facto de o programa de ajustamento ter sido "mal desenhado". Culpa do Sócrates, está visto, que nem "excelentemente" assessorado por essa eminência chamada Catroga, à frente duma delegação do PSD, conseguiu fazer um bom desenho. Um aselha, dirá o farsante Frasquilho que, enquanto tal, está em boa companhia. Todo o governo, a troika e e Comissão Europeia são, em conjunto, uma grande cambada de farsantes.
Mas, ao que parece, é disto mesmo que este povo gosta. Ainda bem, porque, de farsantes, estamos muito bem servidos.

1 comentário:

menvp disse...

Manifestações em todo o país (eventualmente uma greve geral)
-> São necessárias manifestações em todo o país (eventualmente uma greve geral)... tendo em vista alterações à Constituição... que permitam uma Mudança de Paradigma Democrático:
- RETIRAR PODERES AOS POLÍTICOS... e... um sistema menos permeável a lobbys.
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-> As manifestações em causa... não terão nada a haver com as manifestações à CGTP... por motivos óbvios:
- as manifestações à CGTP visam o perpetuar/eternizar da parolização do contribuinte: queda de governos semestre sim, semestre sim,... leia-se, 'mudar as moscas'... ficando o sistema inalterável (vira o disco e toca o mesmo): um sistema aonde os lobbys manobram sempre a seu belo prazer... e... aonde, ao passarem a «ex-», os governantes terão belos 'tachos' à sua espera.
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Anexo:
Não é muito difícil de perceber que é um imperativo... RETIRAR PODERES AOS POLÍTICOS (e um sistema menos permeável a lobbys):
1- Auto-estradas 'olha lá vem um', nacionalização de negócios "madoffianos" (ex: BPN), etc… anda por aí muito pessoal a querer mandar naquilo que não é seu - o dinheiro dos contribuintes - consequentemente, como é óbvio, o Contribuinte tem de defender-se: "O Direito ao Veto de quem paga" [blog 'fim-da-cidadania-infantil'].
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2- Político armado em 'milagreiro económico', é político que quer carta branca para pedir empréstimos...
-> Contrair dívida (para isto, ou para aquilo) pode conduzir a uma ESPIRAL RECESSIVA: o aumento de impostos para pagar a Dívida Pública... provoca uma diminuição do consumo... o que provoca um abrandamento do crescimento económico... o que, por sua vez, conduz a uma diminuição da receita fiscal!
Por outras palavras: pedir dinheiro emprestado é um assunto demasiado sério para ser deixado aos políticos!!!
-> Será necessário uma campanha para motivar os contribuintes a participar... leia-se, votar em políticos, sim, mas... não lhes passar um 'cheque em branco'!... Leia-se, para além do "O Direito ao Veto de quem paga", é urgente uma nova alínea na Constituição: o Estado só poderá pedir dinheiro emprestado nos mercados... mediante uma autorização expressa do contribuinte - obtida através da realização de um REFERENDO.
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3- A participação do Banco Público, CGD, nas negociações de Cartelização da Banca.... vem reforçar aquilo que já se sabia: existe por aí muito político cujo 'trabalhinho' é abrir oportunidades para a superclasse (alta finança - capital global):
- caos nas finanças públicas;
- privatização de bens estratégicos: combustíveis... electricidade... água...
Resumindo: os políticos não podem continuar a ter o poder de nomear directamente os gestores das empresas estratégicas (ex: água, e outras a definir)... leia-se, deve existir um CONCURSO PÚBLICO de gestores... e... embora seja o governo a escolher a equipa gestora vencedora do concurso público... todavia, deve existir a obrigatoriedade de partilhar informação... no sentido de que o contribuinte possa acompanhar o andamento do concurso público.