sábado, 30 de março de 2013

Uma política bem sucedida


Entre as muitas afirmações feitas por José Sócrates durante a entrevista dada à RTP1, para reposição da verdade, avulta a de que a dívida pública aumentou mais durante o exercício do actual governo do que durante os Governos por ele liderados, classificados como despesistas.
Tal afirmação acaba de ser confirmada, com mais pormenor, com os números avançados por Emanuel Augusto dos Santos que, no Caderno de Economia do "Expresso" de ontem, escreve:

"(...)
Desde abril de 2011 até fevereiro de 2013, a dívida direta do Estado aumentou mais de 42 mil milhões de euros, ultrapassando pela primeira vez os 200 mil milhões de euros. A velocidade do crescimento nestes 22 meses foi de 1910 milhões de euros ao mês. Comparando com os 1292 milhões de euros verificados nos 22 meses precedentes, o ritmo é claramente mais acelerado. 
(...)
Se utilizássemos a dívida das administrações públicas em percentagem do PIB, os resultados ainda seriam mais graves. Por causa do crescimento económico negativo nos últimos dois anos, o efeito da redução do denominador ainda agrava mais este indicador que já ultrapassa os 120%, quando no final de 2010 se situava em 93,5%. Lembrando que no final de 2005 a dívida pública era igual a 62,8% do PIB, é fácil fazer as contas: a pesada herança constituiu-se a um ritmo anual de 6,3 pontos percentuais, enquanto, no período seguinte de dois anos, o prometido alívio transfigurou-se numa acumulação à velocidade galopante de 13,4 pontos percentuais ao ano, ou seja, mais do dobro do que a média anual do anterior governo.(...)" 

Perante estes dados, digo eu, uma conclusão se impõe: se quanto mais o país deve, mais pobre fica, não há dúvida de que a política de "empobrecimento" acelerado, defendida por Passos Coelho e prosseguida pelo seu governo, tem sido uma política de enorme sucesso.

1 comentário:

José Auzendo disse...

Lá diz o Povo que ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão...Como pode alguém dar voz a um embuste destes, propalado desonestamente e sem contraditório?