Posso ter sido enganado pelas imagens transmitidas pelas televisões, mas, perante tais imagens, fiquei com a impressão de que Cavaco, durante a sua visita de hoje ao distrito de Bragança, apareceu rodeado de quase um batalhão de soldados da GNR e de não sei quantos guarda-costas. Coisa inédita em Portugal, como é sabido, onde os anteriores Presidentes da República se passeavam por entre a população, sem aparente aparato policial.
Se, com Cavaco, é necessária uma tal protecção, num distrito tão desertificado como o de Bragança, à semelhança de tantos outros distritos do interior do país, é mais que certo que, em grandes aglomerados populacionais, para Cavaco sair à rua será necessário, pelo menos, um regimento.
Poupado, como ele diz ser, compreende-se agora melhor a razão por que Cavaco se tem mantido em prolongadas reclusões no Palácio de Belém. É que a custódia presidencial, a cargo de todo um regimento, custaria uma "pipa" de massa às já debilitadas finanças públicas.
Em vez de apressadamente andarmos a censurar as suas reclusões, devemos, pois, agradecer a Cavaco a sua relutância em sair à rua.
Visto isso, envio-lhe daqui, sem mais delongas, os meus agradecimentos.
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