Como a Comissão Liquidatária (vulgo, governo) tem falhado, sistematicamente, as metas acordadas no Memorando celebrado com a troika, os resultados das várias avaliações periódicas têm também sido cozinhados de forma a que nenhuma das partes (troika e Comissão Liquidatária) tenha de reconhecer que a receita imposta também falhou.
Na última avaliação já concluída (a 6ª) o cozinhado concretizou-se com a alteração do limite do défice que passou de 4,5% para 5%, só alcançado, mesmo assim, com a contabilização de receitas extraordinárias que ainda terão de passar pelo crivo do Eurostat para se saber se podem ou não ser consideradas para tal efeito.
Porém, na 7ª avaliação ainda em curso, perante a constatação de que as previsões de que o ministro Gaspar se serviu para a elaboração do Orçamento de Estado para este ano não passam de pura ficção, o cozinhado está, pelos vistos, muito mais difícil. Tão difícil que a avaliação, que já devia ter terminado, continua e não se sabe ainda quando será dada por finda. Com tanto tempo a cozinhar, é mais que certo que o cozinhado, desta vez, vai cheirar a esturro.
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