Um alegado primeiro-ministro (que tem já uma longa carreira política, que iniciou como militante e presidente da JSD, e que já leva quase dois anos no exercício das actuais funções) que tem o desplante de fazer uma declaração como a que produziu hoje em que mais não fez de substancial que não fosse atacar a decisão do Tribunal Constitucional, atribuindo-lhe a responsabilidade pelo descalabro das contas públicas, fazendo de conta que o problema só surgiu agora e não por culpa da política de austeridade sobre mais austeridade do seu governo, é porque, além de ser irresponsável, também entende que a Constituição da República é papel de embrulho e porque não tem a mínima noção do que é a independência dos tribunais.
Em resumo, um tal primeiro-ministro, que assim se comporta, ainda não sabe o que é uma democracia, nem conhece as regras de funcionamento dum regime democrático. Logo, não sabe viver e muito menos governar em democracia.
É óbvio também que se Portugal tivesse um verdadeiro Presidente da República e não uma espécie de presidente da República, tal primeiro-ministro, a esta hora, estava já no olho da rua.
1 comentário:
Estás a pedir algo de que o homem não é capaz. Nem ele nem Cavaco sabem o que é democracia.
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