domingo, 7 de abril de 2013

"Estamos fritos"

Reunir em Conselho de Ministros de urgência para no final produzir uma declaração que mais não faz do que zurzir na decisão do Tribunal Constitucional que, no fundo, se limita a reafirmar a doutrina já fixada anteriormente, sem apresentar uma saída para o sarilho em que se meteu ao reincidir em soluções já vetadas anteriormente; correr, de rabinho entre as pernas, até Belém, para ouvir umas palavras de conforto do "padrinho"; lançar, por interposto "padrinho", uns apelos lancinantes ao maior partido da oposição para que o ajude a sair da embrulhada fruto da política de austeridade "custe o que custar"; será próprio de um governo digno desse nome?  Obviamente, que não.
E que dizer da actuação dum presidente da República que, perante a ultrapassagem de todos os limites dos sacrifícios, que, para ele, já tinham sido ultrapassados há dois anos, continua a defender a "legitimidade" dum governo só pelo facto de contar com uma maioria par(a)lamentar? Com este tipo de argumentação, bem pode o barco ir ao fundo que não será Cavaco quem o impedirá, sejam quais forem os rombos que o governo do "afilhado" provoque no casco do navio. Está visto.
Perante o descalabro a que o governo conduziu o país, em face dum governo que não sabe o que fazer, e na presença de um presidente da República que só leu e jurou uma pequena parte da Constituição, é óbvio que o país está numa situação de impasse. Ou, como alguém já disse, "estamos fritos". E não é em lume brando.

2 comentários:

Graça Sampaio disse...

Tudo fingimento! Desde a malfadada campanha eleitoral. E o pior é que o zé povinho acredita-se!

Anónimo disse...

Estamos fritos e fartos de tanta falta de vergonha da canalha.