Gaspar, o "impressionante" ministro das Finanças, propôs no Conselho de Ministros da passada sexta-feira mais cortes nos salários dos funcionários públicos e nas pensões, revelando que, para além de "impressionante", é também e sobretudo incompetente, porque incapaz de encontrar soluções alternativas para a diminuição do défice e da despesa pública que não passem por um novo esmagamento dos funcionários públicos e dos pensionistas.
Desta vez, porém, segundo conta o i, encontrou forte oposição da parte de vários ministros, incluindo Paulo Portas que terá ameaçado romper com a coligação. Estranhamente, de Passos Coelho, não reza a história. E daí, talvez a omissão não seja tão estranha quanto isso, atenta a sua indisfarçável insignificância.
A ameaça de rompimento por parte de Portas e a oposição de vários outros ministros terão sido as razões por que o Conselho de Ministros não chegou a qualquer conclusão, remetendo a decisão sobre a estratégia orçamental para um Conselho de Ministros extraordinário a ter lugar na próxima terça-feira.
Que havia fortes tensões no seio da coligação já se sabia, embora, no dizer de Pacheco Pereira, não se saiba da missa a metade.
Perante o avolumar da tensão, será que é desta que a corda parte, ou será que Portas volta a meter a viola no saco?
Ao que tudo indica, na próxima terça-feira, teremos a resposta.
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