segunda-feira, 5 de maio de 2014

A farsa

Todo o "foguetório" ensaiado pelo primeiro-ministro à volta do fim do programa dito de ajustamento não passa de uma farsa. De facto, só pode ser vista como tal, a atitude de alguém que, como Passos Coelho, pretende agora cobrir-se de louros porque a famigerada troika se encontra de partida, quando a verdade é que o mesmo Passos Coelho não só reclamou insistentemente a vinda do FMI, como tudo fez, ao recusar a aprovação do PEC IV, para que o Governo anterior se visse forçado (é o termo) a recorrer à ajuda externa.
Farsa digo eu e mal ensaiada, porque a verdade é que, se a troika está de partida, a vigilância dos credores internacionais, essa vai manter-se, assim como os condicionalismos por eles impostos até que a maior parte da dívida esteja paga daqui por umas dezenas de anos. 
Farsa, insisto, mal ensaiada e que, ainda por cima, cobre o seu autor de ridículo quando se atreve a comparar a acção deste governo com o movimento libertador do 25 de Abril.
Está visto que esta gente que vem desgovernando o país desde há 3 anos a esta parte e que o continua a desgovernar, com a benção de Cavaco, não tem vergonha. Nem memória. 

3 comentários:

Majo disse...

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~ ~ Farsa, disse muito bem, a história de um jotinha mimado e arrogante, ávido de status, que mergulha o país num caos e depressão para agora considerar-se um libertador! ~ ~

~ ~ Da farsa, passamos à tragédia, quando PPC considera a atuação do seu governo, ao nível do movimento do 25 de Abril-- a criatura está precisando urgentemente de tratamento psiquiátrico! ~ ~

Francisco Clamote disse...

De tratamento precisa, sem dúvida, Majo. Tenho, no entanto, dúvidas sobre qual o tratamento mais adequado.

Anónimo disse...

Não se pode ter tudo, Francisco!Em compensação talvez tenha boas contas bancárias e a garantia de bons empregos, quando deixarem o governo.