Não se pode dizer que os farsantes no poder não tenham capacidade para inventar sucessos. Criá-los não é com eles, mas não têm rivais conhecidos em fazer passar por sucessos os mais estrondosos fracassos.
Felizmente, também há quem, como o João Galamba, tenha a capacidade de desmontar a narrativa dos farsolas, chamando os bois pelos nomes. Fá-lo, uma vez mais, desta vez, no "Expresso". Vale a pena ler "A arte de inventar sucessos."
Uma amostra:
"Os dados do emprego divulgados na passada sexta feira pelo INE são um exemplo paradigmático de como os sucessivos "sucessos" do programa de ajustamento se revelam, afinal, uma ilusão.
Foi assim com o ajustamento externo, que depende do empobrecimento do país (quando saímos da recessão, as importações voltam a crescer mais do que as importações); foi assim com a descida dos juros, algo que acontece em toda a periferia, incluindo a Grécia; foi assim com a chamada saída limpa, que não foi uma escolha soberana do país, mas sim o resultado dos nossos parceiros não nos terem dado alternativa. No emprego passou-se o mesmo: decretou-se um sucesso que, em rigor, não o é.
É-nos dito repetidamente que o mercado de trabalho está a recuperar e que isso prova que as reformas estruturais resultam e que a austeridade não é incompatível com a criação de emprego. Acontece que os dados do INE desmentem quaisquer ideias de retoma e de transformação estrutural da economia portuguesa.
(...)"
1 comentário:
Galamba é uma das poucas vozes assertivas do actual PS
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