Segundo se pode ler aqui, Passos Coelho (um dos candidatos derrotados nas últimas eleições para a presidência do PSD) entende que com o discurso do 5 de Outubro "O Presidente quis dizer que não se pode vender ilusões e isso era dirigido ao Governo e à oposição".
Ora aqui está uma posição original, que se saúda.
Onde uns (oposição e até os senhores jornalistas) só lobrigaram críticas ao Governo, eis que um político da oposição (embora sem responsabilidades na orientação e gestão do seu partido) consegue ser mais isento do que os jornalistas que o deveriam ser, em conformidade com as regras deontológicas da profissão.
Não sei se a distribuição dos avisos presidenciais teve ou não como destinatários os apontados por Passos Coelho, mas que essa ideia faz sentido, não tenho dúvidas. Na verdade, perante a situação de crise em que se vive (aqui e lá fora) qual tem sido o comportamento de uns e outros ?
Não sei se a distribuição dos avisos presidenciais teve ou não como destinatários os apontados por Passos Coelho, mas que essa ideia faz sentido, não tenho dúvidas. Na verdade, perante a situação de crise em que se vive (aqui e lá fora) qual tem sido o comportamento de uns e outros ?
Resposta: o Governo só a conta gotas é que veio reconhecer a gravidade da crise, depois de numa primeira fase negar que a crise internacional viesse a ter algum reflexo a nível do país; o PSD, depois da pólvora descoberta (já toda a gente tinha consciência que a crise estava aí) veio, já pela voz de Manuela Ferreira Leite, reclamar o "Pára tudo"; o CDS assobia para o lado, enquanto se entretém com os temas da criminalidade, da insegurança e dos emigrantes; o PCP e BE prometem mundos e fundos, como se vivêssemos numa época de abundância, esquecendo-se, porém, de explicar onde é que se vão buscar os fundos para satisfazer tantos mundos.
Faz pois sentido exigir ao Governo e aos partidos que falem verdade e que nos dêem a sua versão da situação actual (não a pintem com cores brancas, porque já toda gente viu que a cor é negra) e já agora que façam o favor de nos explicar como é que se sai dela.
Aviso: Não bastam promessas, pois, nessa matéria, o povo já não vai em cantigas. Limitem-se a dizer o que pretendem fazer, com que meios, e onde os vão buscar. Isso chega. O povo se encarregará do resto.
(Imagem daqui)
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