PCP, BE e CDS/PP, criticam a entrevista que o Primeiro-ministro deu hoje ao Diário de Notícias e à TSF.
O PCP considera que a entrevista apenas serve para "justificar as políticas erradas" do Governo;
O Bloco de Esquerda (BE) vai na mesma onda e afirma que a entrevista é uma "tentativa frustrada" de responsabilizar a crise dos mercados internacionais pela actual situação económica do país;
O CDS/PP, por seu turno, classificou a entrevista como "muito justificativa" e "sem novidades".
Sem negar que a entrevista não apresenta grandes novidades, parece-me que o essencial da mensagem, que o primeiro-ministro pretendeu transmitir, vai no sentido de dar um "sinal claro" à economia de que vai realizar todos os investimentos públicos que são necessários para fomentar e modernizar a economia portuguesa .
Sabe-se que a opção do Governo em manter os investimentos previstos em obras públicas, e nomeadamente no novo aeroporto e no TGV é criticada por muitos, mas não vejo porquê. A opção parece-me não só correcta, como indispensável, desde que haja financiamento para tal e o Governo, melhor que ninguém, dispõe de meios para fazer um juízo nessa matéria. A menos que se aceite, sem um franzir de olhos e sem um arrepio, que o desemprego dispare para números assustadores (já se fala na perspectiva de vir a atingir 10%), parece-me evidente que os investimentos públicos devem continuar, por todas as razões e mais uma. A perspectiva de recessão não se combate com a restrição do investimento público e o investimento privado também não avançará, se o público se encolher. Isto digo eu, que, de economia, pouco sei. No entanto, se a receita do Governo para ultrapassar a crise, não se recomenda, como parece ser a opinião dos partidos da oposição, à direita e à esquerda, agradece-se que digam de sua justiça, porque, em matéria de soluções alternativas vindas das oposições, temos estado à espera e até agora, em vão.
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