"A carência de alojamento permanece. Em Almada, por exemplo, ainda abrange milhares de famílias, após trinta e cinco anos de incapacidade para acabar com os bairros clandestinos e a subsistência de alojamento degradado. Pelo que tem que haver novas respostas. Também nestas é necessário combater o folclore das entregas de chaves para efeitos de campanha eleitoral. Pelo contrário, há que diversificar as soluções de realojamento e de apoio social a quem dele carece: rendas sociais em bairros não estigmatizados, inclusão de habitação social, com muito baixa densidade em todas as zonas da cidade, acompanhamento de famílias fragilizadas para prevenir e combater o risco de desfiliação social.
Se não queremos que os incidentes da Bela Vista progridam de incidentes isolados num ou outro bairro especialmente problemático para uma situação generalizada nos grandes guetos urbanos que estão a ser construídos há décadas, é hora de mudar de rumo e definir uma nova política social de habitação, sem grandes concentrações propensas a serem capturadas por lideranças à margem da lei, onde os problemas sociais se concentram, se multiplicam e se agudizam.
A minha proposta a Almada vai nesse mesmo sentido. Paremos de criar novos bairros sociais, já. Diversifiquemos os métodos e soluções de realojamento, imediatamente."
(* Candidato pelo PS à presidência da Câmara Municipal de Almada)
2 comentários:
SE for eleito terá muito que fazer.
:))
Acho muito bem, mas esse tipo de políticas tem que ter um âmbito nacional.
A nível do concelho é excelente este propósito, só que,acaba, para ter êxito, por requerer grandes orçamentos que não estão ao alcance das Câmaras.
Ao menos tem ideias, pode é não ter dinheiro, mas já pode ser meio caminho andado.
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