Depois de ouvir Manuela Ferreira Leite na conversa com Mário Crespo admitir a hipótese da formação de um Governo do Bloco Central, logo negada a seguir, e ao ver agora Paulo Rangel afirmar que existe actualmente "uma certa incompatibilidade programática" entre o PSD e o PS que inviabiliza um novo Bloco Central, fico na dúvida sobre quem é que, no PSD, faz de pau-mandado: se é ele, se é ela.
Por este exemplo, tendo em conta o imediato emendar da mão da líder do PSD, após o seu regresso a penates, tudo parece indicar que o pau-mandado é ela.
Seja como for, neste particular, Paulo Rangel tem razão. O Bloco Central, nas actuais circunstâncias, não tem qualquer viabilidade. Não é tanto "a incompatibilidade programática", entre PS e PSD que ele invoca, incompatibilidade que sempre poderia ser ultrapassada por cedências mútuas. O que, a meu ver, impede definitivamente a viabilização de um Governo do Bloco Central é a prática política seguida pelo PSD, feita de ziguezagues e de cedência sistemática aos interesses instalados, factores que tornariam um tal governo não só instável, como impossibilitariam a definição de uma linha de rumo para o país. Dir-se-á que as hipóteses de entendimento à esquerda não são melhores e, na verdade, assim é. Não é, por isso, difícil conjecturar que sem uma maioria absoluta do PS (e outra maioria, por ora, não se antevê qual possa ser) o país pode contar com dias difíceis.
1 comentário:
Olhe, meu amigo,
Dias dificeis, já estão sendo com o PS.
Já começa a ser indiferente, desde que não esbanjem o pouco que temos, as coisas lá se irão compondo.
Claro, não me fale na entrega dos imposto ao citybank ou na venda dos edifícios públicos para os tomar depois de arrendamento!
Aí tem toda a razão.
Nem me fale do outro que andou a prometer construir túneis em Lisboa que o homem até é simpático, mas quando a gente se lembra destas cenas e da forma como deixou a Câmara endividada, qualquer outro deverá ser melhor.
Mas, olhe, estou já farto do avô cantigas, do desgraçadinho do freeport, da tadinha da manela efe leite, dos incompreendidos do ministério público e toda uma cambada a cheirar sempre ao mesmo.
Em contrapartida a EMEL em Lisboa resolveu passar a cobrar pelo segundo e terceiro carro, seja inquilino ou senhorio, pague muito ou pouco de IMI.
A Polícia Municipal, continua a multar os bandidos dos cidadãos que estacionam onde podem e onde não podem, mal grado as posições dos ditos carros não incomodarem por aí além, mas os pressurosos agentes que devem trabalhar por objectivos, resolveram fazer a folha ao ladrão do munícipe ou visitante.
Dizem que nos passeios os carrinhos de bébé não conseguem passar, mas eu tenho visto em passeios estreitos e onde poderiam passar os carrinhos se não fora os sinais de trânsito plantados no meio, pois esses sim impedem, mas a P. municipal não multa a Câmara.
Pois é, as pessoas, à noite, não saiem à rua, mas pudera, têm medo de ser assaltados pela polícia municipal ou pela psp.
Gostava de saber quais os OBJECTIVOS do GOVERNO e como alcançá-los sem subir os impostos.
O estado da Justiça é para manter?
A polícia vai começar a caçar ladrões?
O ministério do Ambiente vai continuar a gozar com as pessoas através do seu ICNB?
O ministério das Pescas e da Agricultura vai continuar a degradar uma área que poderia trazer uma enorme riqueza para o país e a gozar com as pescas e a agricultura deixando as decisões que afectam as pessoas nas mãos de gente com experiência de secretária?
Cumprimentos.
Abel Ferreira
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