Como se pode concluir pelas citações, extraídas todas elas, do PUBLICO.PT, boa parte dos 4 (ou 5?) dias da visita do Presidente da República e da esposa à Turquia foi dedicada às compras e ao turismo. Nada que mereça ao autor das peças, Nuno Simas, jornalista do "Público", uma chamada de atenção ou um comentário menos desfavorável a tão extenso programa pessoal. Pelo contrário, o que o jornalista valoriza são as "graças" de Sua Excelência, e tanto que aproveita as graças para titular (ele, ou alguém por ele) duas peças: Cavaco volta a fazer uma graça, desta vez para não comentar os números do PIB e Cavaco Silva recorre à ironia para não comentar caso Lopes da Mota .
Recordando, a propósito, o tratamento noticioso dado pelos jornalistas do "Público " a visitas do primeiro-ministro ao estrangeiro (designadamente a visita à Venezuela, que serviu para o "Público", pela pena de Luciano ALvarez, desenvolver toda uma novela sobre uns cigarros fumados no avião na viagem de ida) imagine-se o que não se escreveria no mesmo jornal, se a personalidade envolvida nesta visita à Turquia e com tal programa fosse o primeiro-ministro de Portugal. Raios e coriscos, pela certa.
Não será, pois, caso para admirar, que, perante tão diverso tratamento jornalístico, "a criança que há em mim" não queira, nem por nada, ser primeiro-ministro, mas manifeste o desejo de, quando for "grande", vir a ser Presidente da República. Por isso, mas também porque, pelos vistos, o trabalho dum Presidente não é tanto assim que não dê para fazer um pouco de turismo cultural.
1 comentário:
Se calhar está a ser injusto.
Aquilo é capaz de ser uma grande seca.
Repare, quando cá vem um presidente importante, também nos faz o frete de visitar os Jerónimos , Museu dos Coches, vai a uma casa de Fados ver a Lisbon by night, etc. e alguns membros do governo são tão pacóvios que, desconfio, até gostariam de levar esses ilustres visitantes ao maior Centro Comercial da Europa que é ou era o Colombo.
Esses ilustres visitantes para nos agradar até lembram o nosso passado de marinheiros e do povo que fomos e que demos novos mundos ao mundo.
Perante esta aventura, a ida à Lua (que muita gente - incluindo americanos - desconfia ser uma fraude) é uma insignificância comparativamente falando, porque na lua já muito português andava e até isso lhe era reconhecido quando desse facto era acusado.
Agora até já temos outra coisa para ser visitada que foi anunciada como sendo, seguramente, o melhor da Europa, quiçá, será também do planeta e que é o NOSSO Parlamento.
Gastaram muitos milhões de euros (dizem que basta o deputado pensar, e, logo, fazendo um gesto com os dedos de imediato aparece representado nos écrans gigantes da sala uma intervenção politicamente clara e brilhante) O inconveniente é que, dizem as más linguas, agora acaba de aparecer nos hospitais uma bactéria muito perigosa e eles não têm dinheiro para a eliminar ou as condições em que ela prolifera.
Isto, era o que dizia o jornal Público de hoje, mas certamente é mentira porque anda para aí muita desinformação ao ponto tal que um comentador disse neste blogue que já não suportava a sexta feira informativa mesmo que lhe prometessem um Sábado de sol maravilhoso...
Presidente sofre, mãe nossa !
Os nossos jornalistas é que parecem e se portam como bacocos.
Cabe lá na cabeça de alguém, irem incomodar sua excelência na Turquia a insistirem para ele se pronunciar sobre o PIB português?
Fiquem sabendo que, sua excelência não precisa de berrar lá de fora para ser ouvido cá dentro!
Já fizerem algum inquérito de rua em Portugal perguntado aos transeuntes, ou na saída das escolas ou universidades a perguntar o que é isso do "pib"?
Estou certo que se fora no norte de Portugal 99% das respostas era
"P´ra Inglês Ber".
No sul, talvez respondessem com uma pergunta: oiça lá isso não é uma espécie de música pimbe"?
Os mais literatos e irónicos diriam "Para Irresponsabilidade Basta!".
Fiquemos com esta consolação segundo a notícia textualmente:
"Cavaco estava informado dos números, tanto da queda do PIB como do desemprego".
Pois bem, se o pib "cai" desde que não se parta não haverá problema.
Mas coisa boa essa, sim, é a da "QUEDA DO DESEMPREGO".
Sempre me disseram que com baixo desemprego estavamos bem...
"A ber bamos"
(Nortenho)
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