O semanário "Sol" na sua edição da semana anterior havia noticiado que "Lopes da Mota admite ter invocado (os) nomes de Sócrates e Alberto Costa...mas diz que o fez indevidamente". Esta notícia vai-se a ver é falsa e é o próprio Lopes da Mota quem o afirma : "É falso. Não invoquei coisa nenhuma nem reconheci coisa nenhuma".
É só mais um caso que revela a ligeireza (para não dizer mais) de algum jornalismo. Ligeireza que, todavia, não é apanágio exclusivo dos jornalistas. Basta lembrar, sem sair do "caso Lopes da Mota", a pressa e a insistência com que alguns políticos (do PSD, do CDS e do BE) vêm exigindo a demissão do presidente do Eurojust, como se não estivesse a correr um processo disciplinar para apurar eventuais responsabilidades. (Quod erat demonstrandum).
Tais exigências revelam que ainda há, nas oposições, muito cultor da "lei de Lynch", quando o século XVIII já lá vai há muito.
Como, entretanto, não só os linchamentos foram abandonados, como muito se evoluiu em matéria de processo e de respeito pelos direitos das pessoas, em geral, e dos arguidos, em particular, aqui fica um conselho: actualizassem-se, se não querem ser tidos por antiquados. E muito antiquados, no mínimo !
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